Assistir a lives, vestir abadás e até comprar bloco para ano que vem: como foliões amenizam a saudade do Carnaval

Festa de momo não ocorrerá no primeiro semestre deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus

Por Francisco Artur
11/02/2021 às 18h02
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Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Se a música 'Quando o Carnaval Chegar', de Chico Buarque, fosse aplicada à relação da administradora de empresas Fabiana Pinho com a folia de momo, certamente não iniciaria-se com as estrofes "Quem me vê sempre parado/Distante, garante que eu não sei sambar/Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar".

Cancelado por causa da pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 230 mil pessoas no Brasil, sendo mais de 10 mil na Bahia,  o Carnaval de Salvador não vai acontecer nos três primeiros meses deste ano e não tem data prevista para 2021. Diante disso, contrariando a canção de Chico, Fabiana deu um jeito para amenizar a saudade da festa, e se programou para curtir, em casa e com segurança, as lives carnavalescas.

"Para acompanhar as lives, vou arrumar minha casa, pendurando adereços na varanda e fazendo tudo para aliviar a falta que faz o Carnaval", anunciou, acrescentando que já separou a tinta e os colares de Gandhy para usar em casa.

Nascida e criada nas 40 edições de Carnaval em que já participou, Fabiana conta que a tradição aliada ao amor pela folia, a fez comprar o abadá para um bloco da folia do ano que vem.

"Na compra do bloco do Carnaval do ano que vem, eu ganhei um abadá simbólico da festa momesca deste ano. Sim, vou usar essa fantasia pra sentir gostinho do Carnaval deste ano", anunciou.   

 

Intenso


Quando, de fato, o Carnaval de Salvador chegar para Fabiana, a folia será celebrada "intensamente e loucamente", segundo ela, que afirmou manter a esperança na vacinação em massa do coronavírus para que a folia de momo seja realizada no segundo semestre.

"A expectativa é 'dobradíssima' para o próximo Carnaval, pois vou aproveitá-lo de maneira a redobrar a curtição, aproveitando mais do que já costumo curtir", prometeu a administradora.

Ela, que costuma ir aos circuitos todos os dias de folia, admitiu ter preferência por blocos e pela pipoca, mas ponderou se necessário, "pelo menos", um dia no camarote para "recarregar as energias". "Geralmente vou no sábado de Carnaval", explicou.