Tiago Correia critica atuação da Via Bahia nas rodovias do estado 

A atuação da concessionária de rodovias do estado, Via Bahia, é motivo de crítica entre os deputados estaduais baianos. De acordo com Tiago Correia (PSDB), a falta de cumprimento do que prevê o contrato é um dos principais motivos da indignação. De acordo com ele, a empresa até o momento não está fazendo nada do combinado.  

"Há falta no comprimento do contato, ausência dos investimentos da manutenção [das rodovias]. A BR 324 está uma vergonha, cheia de irregularidades, com buracos. A BR 116, das partes que já eram para estar duplicadas, nenhuma foi duplicada, inclusive, teve uma ação judicial obrigando que ela [Via Bahia] duplicasse de [Vitória da] Conquista até o norte de Minas. Eles recorreram e não fizeram a duplicação", afirma. 

O deputado diz que são mais de dez anos de contrato e que há um estudo (de uma empresa que entrou com ação contra a concessionária) que expõe as fragilidades dessa relação. "Eles [concessionária] tinham um escalonamento, quando assumiram, que previa o aumento do trânsito de veículos para duplicar trechos. Essa meta já ultrapassou o limite de veículos mínimo que tinham que aguardar para duplicar e, fora isso, eles reduziram muito a manutenção nos últimos dois anos", disse. 

Audiência 

Em maio de 2019 foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), na qual deputados das comissões de Infraestrutura e de Defesa do Consumidor cobraram da Via Bahia o andamento dos projetos e a falta de cumprimento de algumas obras iniciadas em 2010. Os parlamentares apontaram problemas nos trechos da BR-116, como falta de passarela e necessidade de duplicar o trecho entre o entroncamento das cidades de Jaguaquara e Jequié, conhecido como Serra do Mutum.  

Os deputados citaram a necessidade de recuperar e pavimentar o Anel Viário, além de construir viadutos e passarelas. Na reunião também foi reivindicada a requalificação nos acessos e trechos ligados às cidades de Santo Estevão e Antonio Cardoso, na BR-116. Os deputados ainda falaram sobre os problemas da BR-324, e outras já citadas acima, por Tiago Correia.  

Na ocasião, o diretor de Relações com Investidores da concessionária Via Bahia, José Bartolomeu, e o gerente de Comunicação, Carlos Bonin, relataram algumas obras realizadas até o momento, mas frisaram as limitações da empresa que, segundo eles, depende das liberações da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) para que seja realizada qualquer tipo de intervenção, além da falta de revisão do contrato e do resultante desequilíbrio financeiro nos últimos três anos.