Fechamento da Ford na Bahia 'foi um tiro no pé', afirma presidente da Fecomércio-BA

Carlos Andrade apontou que processo poderia ser conduzido de outra forma pela montadora norte-americana

Por Osvaldo Lyra e Yuri Abreu
15/01/2021 às 17h00
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Foto: Alberto Coutinho/GOVBA
Foto: Alberto Coutinho/GOVBA

Um tiro no pé. Assim o presidente da Fecomércio-BA, Carlos Andrade, definiu a decisão da Ford em encerrar as atividades no país, o que atingiu em cheio uma das plantas da montadora norte-americana localizada em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

De acordo com ele, em entrevista ao Portal M!, a medida adotada pela empresa é vista com preocupação e pode trazer impactos não apenas para a "Cidade do Polo", mas também para todo o estado da Bahia. Ele acredita que a situação poderia ter sido melhor conduzida.

"Para nós aqui na Bahia é um tiro no pé. Eu estou preocupado com Camaçari e com o estado, porque isso reflete no estado como um todo. Eu tenho que me preocupar com os empresários, mas se o Governo não tem dinheiro, eu me preocupo também com o governo e com as prefeituras de Camaçari e Salvador. Eu acho que eles foram muito violentos (...) Poderia se programar para coisa de dois anos ou três anos e ir desativando aos poucos. Mas chegar e dizer que vai fechar, de uma vez só, é complicado", afirmou.