"O Bahia de hoje não representa o que o torcedor almeja", disse Lúcio Rios, candidato a presidente do Clube

O Esporte Clube Bahia realizará no próximo sábado (12) o quarto pleito eleitoral da história do time 

Por Flávio Gomes
09/12/2020 às 11h44
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Foto: Divulgação
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Com o slogan de campanha, "Futebol, Arquibancada e Gestão", o administrador Lúcio Rios tentará no próximo sábado (12), dia do pleito eleitoral do Esporte Clube Bahia, se eleger o novo presidente do Clube, para o triênio 2021-2023. Em entrevista ao podcast do Portal M!, o candidato, de 44 anos, disse que "este é o momento de mudar, afinal de contas este grupo está há sete anos no poder".

Lúcio ressaltou que lutou por 20 anos no processo democrático da instituição que é bicampeã brasileira de futebol, fazendo parte da Associação Bahia Livre (ABL) e que está no segundo mandato como conselheiro do Clube.

"No ano 2000 ingressei no movimento político para retirar Paulo Maracajá e posteriormente a família Guimarães. Em 2013, com a entrada do Fernando Schimidt, entendi que deveria fazer parte de uma forma mais interna do processo e me candidatei para fazer parte do Conselho. Entendo que hoje me sinto preparado para disputar esse pleito e entendo que o Bahia precisa voltar a focar a sua área fim, que é o futebol, para voltar a dar alegrias ao seu torcedor", disse Lúcio Rios ao jornalista do Portal M!, Flávio Gomes.

Como propostas, o candidato da chapa +Bahia afirmou que, se eleito pretende reorganizar a divisão de base e focar no futebol profissional.

"O Bahia de hoje, em campo, não representa o que o torcedor almeja, minha candidatura é focada para fazer a reorganização da divisão de base, dar continuidade no processo administrativo financeiro que o clube vem evoluindo, entendendo que deveremos ter mais foco no futebol", disse.

Como diferencial, Lúcio ressaltou que o torcedor precisa ser "melhor representado, já que algumas pessoas que apoiam a atual gestão não têm interesse no Bahia, pelo Bahia". Segundo ele, "hoje,  dirigente do Clube virou empresário de jogador e o próprio Guilherme Belintani (atual presidente), cogitou sair como candidato à prefeito de Salvador".

O atual Conselheiro também criticou o atual diretor de futebol, Diego Cerri, afirmando que a sua saída será a primeira ação, caso seja eleito.

"Nosso primeiro ato será a não continuidade do diretor de futebol. Um diretor que contratou em quatro anos mais de 110 jogadores e dispensou, em 2019, 70 jogadores da base, onde se gastou R$ 14 milhões nesses desligamentos. Precisamos direcionar o futebol para um diretor que entenda a grandeza do Bahia", afirmou.

Rios também afirmou que não tem nenhum apoio político partidário na sua candidatura e que na sua possível gestão não haverá trampolim político. Ele também ressaltou que seu vice-presidente, Fernando Passos é uma das figuras históricas no processo democrático do Clube.
Durante a entrevista, o candidato criticou a gestão do atual presidente Guilherme Bellintani, postulante a reeleição à diretoria executiva.

"A gestão de Guilherme Bellintani vem acompanhando alguns processos que tiveram largada em 2013, restruturação administrativa do Clube, o marketing, a gestão financeira, mas me preocupa muito quando escuto dos torcedores quando o Clube vai bem nos bastidores e mal no campo. Entendemos que o Bahia é um Clube de futebol e tem que focar no futebol. Qualquer resultado negativo em campo, ele acaba impactando no financeiro e no marketing. Foram 10 times contratados durante esta gestão e nós precisamos melhorar de fato o produto futebol para lograr êxito no marketing", finalizou.

Confira a entrevista na íntegra: