Sílvio Pessoa critica decisão do Governo do Estado de proibir realizações de Réveillon na Bahia

Presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação é um dos principais nomes do trade turístico do estado

Por Flávio Gomes
25/11/2020 às 18h46
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Foto: Divulgação
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Um dos principais nomes do trade turístico da Bahia, Sílvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Fehba), criticou a decisão do governador Rui Costa (PT) sobre a realização das festas privadas de Réveillon, que estão proibidas em toda a Bahia, sejam elas públicas ou privadas. (Veja Aqui).

O empresário afirmou, nesta quarta-feira (25),  que o governador quer proibir eventos de Réveillon no estado, "mas esquece que o percentual da ocupação aumentou , por que foram desativados centenas de leitos".

"O governador disse que o percentual da ocupação dos leitos de UTI's está subindo, mas esse aumento se deu porque foram tirados 320 leitos de funcionamento. Não precisa ser gênio para entender isto. Estamos com uma ocupação linear entre 210 e 220 leitos neste período todo. E é claro que essa leve inclinação subiu em função das eleições. Qualquer zona eleitoral, não encontrava distanciamento, fiscalização, protocolos, ou seja, tudo foi liberado", disso ao Portal M!.

Sílvio ressalta ainda que a alternativa para a realização do evento de passagem de ano é a avaliação do combate à pandemia pelos comitês de cada município.

"Eu acho que cada cidade tem que, junto com seu comitê de combate a pandemia, decidir sobre isso. Cada um tem que fazer a sua análise. Sabemos que 1/3 dessas UTI's, que foram reduzidas, é relativa ao Covid-19. Mas 2/3 não são e tudo cai na conta da doença e dos empresários", pontuou.

O presidente da Fehba diz ainda que "o Governo do Estado durante todo este período deveria tomar conta da saúde".

"Nós continuamos com nossos protocolos rígidos de segurança cobrando dos nossos clientes e funcionários, mas não pode jogar todo o custo nas costas dos empresários e o Governo do Estado, durante todo este período, deveria tomar conta da saúde e tem que continuar cuidando. Não queremos aglomerações, mas queremos que o Estado faça a sua parte. Mas no final o empresariado é que sempre paga o pato", finalizou.