Grupo Albert Einstein pode gerir Hospital Metropolitano por meio de parceria público-privada

Com 27.900 metros quadrados de área, a unidade hospitalar recebeu investimentos superiores a R$ 173 milhões 

Por Francisco Artur
25/11/2020 às 08h00
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Foto: Secom/GovBa
Foto: Secom/GovBa

Na última terça-feira (24), o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, se reuniu com dirigentes do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para apresentar a modelagem da Parceria Público Privada (PPP) que será lançada pelo governo baiano ainda este ano, a fim de gerir e ampliar o Hospital Metropolitano.

A unidade localizada no município de Lauro de Freitas possui 265 leitos, sendo 70 de UTI, e terá sua gestão licitada na Bolsa de Valores, com o objetivo de atrair hospitais de excelência para sua administração.

De acordo com Vilas-Boas, "a relação da Secretaria da Saúde da Bahia com o Einstein vêm sendo construída ao longo dos dois últimos anos". "O hospital paulista tem prestado consultoria na área de gestão hospitalar a fim de aumentar a eficiência da rede estadual", afirma o secretário.

O grupo Einstein é uma das cinco entidades de excelência que integram o Programa de Desenvolvimento de Apoio Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), responsável por projetos em parceria com o Ministério da Saúde e demais entes federados em prol de fortalecer e aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS).

O programa é fundamentado na expertise dos hospitais de excelência e atua nas áreas de capacitação, incorporação de tecnologia, pesquisa e gestão em serviços de saúde.

Além do perfil assistencial e da modelagem econômico-financeira da PPP do Hospital Metropolitano, foram apresentados os investimentos já realizados e os que deverão ser empreendidos após a concessão.

O encontro contou com a participação do CEO do hospital, Henrique Sutton Neves, da Diretora de Consultoria, Anarita Buffé, e do Diretor-Superintendente do Instituto Israelita de Responsabilidade Social, Guilherme Schetinno.

Hospital Metropolitano

Com 27.900 metros quadrados de área construída e seis pavimentos, a unidade hospitalar recebeu investimentos superiores a R$ 173 milhões e iniciará a operação no primeiro trimestre do ano que vem. 

A unidade será referência para casos de urgência e emergência, trauma (particularmente o trauma raquimedular), acidente vascular cerebral (AVC), neurologia, medicina nuclear e contará com dez salas de cirurgia.

Um dos destaques do projeto é a área de alta complexidade Cardio e neurovascular, com Unidade de Atenção ao Acidente Vascular Cerebral (UAVC), que atenderá pacientes na fase aguda, ofertando tratamento trombolítico e angioplastia.

O hospital também implantará o programa de transplante de fígado e cirurgias bariátricas para pacientes diabéticos.