Ex-presidente do Banco Central se mostra otimista sobre investimentos no país
Segundo o gestor, caso o investidor esteja na dúvida, o melhor a se fazer é reduzir o risco da carteira
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O otimismo dos investidores com a provável descoberta de uma vacina contra a Covid-19 fez o Ibovespa saltar dos 94 mil pontos, no fim de outubro, para os 107 mil pontos em 17 de novembro, o maior nível desde março.
Apesar dessa empolgação, o cenário de curto prazo ainda guarda muitas incertezas.
Mesmo diante de um horizonte turvo, o fundador da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, mostrou-se otimista com as oportunidades para os fundos multimercados, que podem vir a tirar proveito dos ruídos políticos e da volatilidade que surge a reboque.
"Em geral, os governos, tendo objetivos não econômicos, criam oportunidades", afirmou durante live, na quarta-feira (18), o co-CIO da Gávea, que carrega algumas posições de maior convicção na Bolsa brasileira, por meio de um trabalho de stock picking que vem ganhando espaço no portfólio.
Embora avalie que o real esteja em nível depreciado, o ex-presidente do BC destacou também que o país nunca teve um diferencial de juros tão baixo.
Sem posições relevantes no câmbio, o co-CIO da Gávea disse que, diante dos fundamentos econômicos e de assimetrias no mercado, se fosse para escolher, certamente optaria por uma aposta vendida na moeda brasileira.
Quanto às opções de proteção para resguardar o portfólio, o gestor destacou o poder da diversificação, mas disse também que, caso o investidor esteja na dúvida, o melhor a se fazer é reduzir o risco da carteira.
"Não acho que é nenhuma vergonha ficar parado."
As apostas da Gávea em um ano atípico se mostraram bastante acertadas - o Gávea Macro I FIC FIM sobe 10,61% em 2020, até outubro, contra 2,45% do CDI e queda de 18,76% do Ibovespa.
*Com informações da Info Money