Pesquisa aponta que olheiras são comuns entre os jovens brasileiros

Estudo da revista Surgical & Cosmetic Dermatology revela que mulheres detêm 78% dos casos

Por Flávio Gomes
19/11/2020 às 08h18
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Foto: Divulgação
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Um estudo publicado na revista Surgical & Cosmetic Dermatology (S&CD), da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aponta que o surgimento de olheiras é uma queixa comum entre brasileiros de 23 anos, prejudicando a estima pessoal ao longo da vida.

Também intitulada "hipercromia periorbital", as marcas profundas na região dos olhos foram mais observadas em mulheres?, com 78% dos casos.

O estudo revela que fatores anatômicos, fisiológicos e genéticos interferem no surgimento das olheiras, a exemplo de heranças familiares ou componente melânico (melanina). Ainda segundo o estudo, as olheiras são potencializadas por condições como sedentarismo, tabagismo e privação de sono.

Para disfarçar a hiperpigmentação, os entrevistados afirmaram usar maquiagem corretiva para camuflagem das olheiras (40%), sendo que 43% relataram o uso diário.

Especialista em Biomedicina Estética, o revisor da "Revista Brasileira de Estética", Vinicius Said explica que o aparecimento das olheiras impacta significativamente no aspecto cansado e envelhecido da face.

"A hiperpigmentação periorbital ou 'olheira', como muitos conhecem, tende a afetar a autoestima pessoal. Embora tenham origem vascular ou melânica, a maioria dos pacientes possuem derivação mista, causado pela associação dos pigmentos melanina e hemossiderina. A deficiência de Vitamina K, uso de anticoncepcionais, período menstrual, envelhecimento cutâneo fisiológico, exposição solar e gestação contribuem para a piora das olheiras", pontuou.

Vinicius afirma que as olheiras de predominância vascular são marcadas pela herança familiar e costumam aparecer na infância ou adolescência. O diagnóstico da modalidade, segundo o biomédico, é feito mediante a tração da pálpebra inferior, devido a transparência dos vasos sob a pele.

Com relação às olheiras de etiologia melânica, a ocorrência é maior em pacientes com fototipos elevados (pele escura).

Auxiliando a população nos cuidados com a pele, o biomédico Vinicius Said, destaca que o uso do protetor solar, de um bom corretivo de maquiagem, hidratação, lavar o rosto com água fria, ter o sono regulado e passar por procedimentos estéticos como carboxiterapia e intradermoterapia são bons aliados para disfarçar as olheiras.