Filme polêmico gera pico de cancelamentos da Netflix

Dados da consultoria YipitData mostram que cresceu em oito vezes o volume de pessoas que deixaram de pagar suas assinaturas

Por Redação
25/10/2020 às 21h32
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Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Desde que lançou o filme francês Mignonnes (Lindinhas em português) no dia 9 de setembro, a Netflix registrou um aumento significativo na sua taxa de cancelamentos. Dados da consultoria YipitData mostram, sem revelar números absolutos, que cresceu em oito vezes, no final de semana seguinte ao lançamento, o volume de pessoas que deixaram de pagar suas assinaturas.

Isso porque o filme dirigido pela estreante Maïmouna Doucouré tem uma premissa delicada, discutindo a hipersexualização de jovens pré-adolescentes nos tempos de hoje. A obra foi muito bem recebida no festival de Sundance, o que rendeu à diretora o prêmio de melhor da categoria. O problema é que usuários da plataforma não concordaram com essa aclamação.

Começou então um movimento na comunidade conservadora americana para cancelamento de assinaturas do Netflix, com a hashtag #CancelNetflix. No Brasil, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro, Damares Alves, também entrou no movimento. 

A Netflix, no entanto, se defendeu. Em entrevista à Variety, o co-CEO da empresa, Ted Sarandos, minimizou a questão. "O filme fala por si. É uma história muito pessoal sobre crescimento, é a história da diretora. O filme foi muito bem em Sundance, sem essa controvérsia, e muito bem nos cinemas da Europa, sem essa controvérsia", disse.