Bahia lidera ranking de rebanho de ovinos no país

Segundo o IBGE, são 4,5 milhões de animais no estado

Por Redação
17/10/2020 às 23h30
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Foto: Divulgação Ceoagro
Foto: Divulgação Ceoagro

O setor da pecuária no estado da Bahia registrou bons números em 2019. É o que aponta a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2019 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (15). Os galináceos e a produção de ovinos bateram recordes históricos. Houve crescimento de quase todos os rebanhos frente a 2018. A única exceção foi o efetivo de equinos, que teve queda de -0,7% (menos 3.324 animais), chegando a 505,6 mil cabeças.

Segundo os dados do levantamento, entre 2018 e 2019, a Bahia teve o 3º maior crescimento do país no número de galináceos, que chegou a 49,4 milhões de animais, maior quantidade em 45 anos. Com o segundo maior aumento absoluto do país, o rebanho baiano de ovinos também bateu recorde, chegando a 4,5 milhões de animais, o maior efetivo do Brasil.

Ainda segundo a pesquisa, o estado se manteve no posto de maior rebanho de caprinos do país (3,5 milhões de cabeças) e passou a ter os três municípios brasileiros com mais animais: Casa Nova, Juazeiro e Curaçá. Outro destaque é o rebanho de bovinos que voltou a registrar aumento de 2,9% e teve o segundo maior aumento absoluto do país (mais 290,9 mil animais);

De acordo com o levantamento, a produtividade do leite na Bahia cresceu pelo sétimo ano consecutivo e chegou a novo recorde para o estado: 1,34 mil litros por vaca ordenhada. O valor total da produção animal no estado cresceu pelo terceiro ano consecutivo (+8,7%) e atingiu seu recorde histórico, R$ 1,6 bilhão. Só o mel teve um valor de produção menor em 2019 do que em 2018 (-5,0%, ficando em R$ 26,1 milhões).

O valor da aquicultura baiana voltou a crescer (+22,4% frente a 2018) e foi a R$ 146,1 milhões, também atingindo seu patamar mais alto desde que a atividade passou a ser investigada pela PPM, em 2013. Houve altas nos valores das produções em cativeiro de peixes (+11,7%, chegando a R$ 91,3 milhões) e camarões (+70,9%, indo a R$ 46,8 milhões), embora tenha havido recuo nos valores dos alevinos (-20,4%, indo a R$ 7,7 milhões) e de ostras, vieiras e mexilhões (-52,4%, ficando em R$ 252 mil).

O aumento na quantidade de galináceos na Bahia, em 2019, veio depois de dois anos seguidos de quedas e foi puxado pelo crescimento do efetivo destinado ao abate, que passou de 38,2 milhões para 43,3 milhões animais, entre 2018 e 2019 (+13,6%). Em contrapartida, o número de galinhas poedeiras (para produção de ovos) mostrou leve recuo, de 6,08 milhões para 6,04 milhões de animais (-0,6%). Em 2019, Barreiras (6,9 milhões de animais), Conceição da Feira (4 milhões) e Luís Eduardo Magalhães (3,2 milhões) eram os municípios baianos com os maiores plantéis de galináceos.

Apesar do bom desempenho entre 2018 e 2019, a Bahia se manteve, no ano passado, com o 8º maior efetivo de galináceos do país, respondendo por 3,4% do total nacional, que foi de 1,5 bilhão de animais (+0,1% em relação a 2018). Em 2019, a Bahia respondeu por 31,0% do rebanho brasileiro de caprinos, estimado em 11,3 milhões de animais, e por 22,8% de todos os 19,7 milhões de ovinos do país.

Os três maiores rebanhos de caprinos estão na Bahia: em Casa Nova (528,9 mil animais), Juazeiro (272,9 mil) e Curaçá (266,9 mil). Os dois últimos tiveram os maiores aumentos absolutos do país entre 2018 e 2019 (mais 26,1 mil e mais 23,4 mil cabeças respectivamente) e ganharam posições no ranking nacional, fazendo Petrolina/PE (264 mil animais) cair de 2º para 4º lugar.

O município de Casa Nova também tinha, em 2019, o maior rebanho de ovinos do Brasil: 463,7 mil animais. O segundo lugar ficava com Sant'Ana do Livramento/RS (301,2 mil), mas em seguida vinham Remanso (283,8 mil animais) e Juazeiro (278,3 mil), também na Bahia.

Outro efetivo que registrou crescimento foram os suínos (+1,2%), que chegou a 1,127 milhão de animais. O estado tem apenas o 10º maior rebanho de suínos do país, respondendo por 2,8% dos 40,6 milhões de animais existentes no país. A região Sul lidera, e os maiores efetivos estão em Santa Catarina (7,6 milhões de animais, 18,7% do total), Paraná (6,8 milhões, 16,9%) e Rio Grande do Sul (5,6 milhões, 13,9%).