Estudo indica que risco de exposição ao coronavírus em aviões é muito baixo

Pesquisa abre sinal verde para o setor aéreo, que tenta se recuperar do grande baque causado pela pandemia de Covid-19 

Por Redação
16/10/2020 às 00h00
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Foto: Reprodução
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O risco de exposição ao coronavírus em aviões é muito baixo, revelou um estudo do Departamento da Defesa dos Estados Unidos, divulgado nesta quinta-feira (15). É um sinal positivo para o setor aéreo, que tenta se recuperar do efeito devastador da pandemia sobre as viagens.

Quando um passageiro sentado está usando máscara, uma média de 0,003% das partículas de ar dentro da zona de respiração ao redor da cabeça de uma pessoa são infecciosas, mesmo que todos os assentos estejam ocupados, segundo o estudo.

O teste supôs só uma pessoa infectada no avião e não simulou os efeitos da movimentação de passageiros pela cabine.

O estudo, realizado a bordo de aeronaves Boeing 777 e 767, da United Airlines, mostrou que as máscaras ajudam a minimizar a exposição a infecções quando alguém tosse, mesmo em assentos vizinhos.

Cerca de 99,99% das partículas foram filtradas para fora da cabine dentro de seis minutos devido à circulação rápida do ar, à ventilação de ar para baixo e aos sistemas de filtragem da aeronave.

"Estes resultados significam que as chances de exposição à Covid em uma aeronave da United são quase inexistentes, mesmo que seu voo esteja cheio", disse o chefe de serviços ao consumidor da empresa aérea, Toby Enqvist.

O estudo estimou que, para receber uma carga de coronavírus capaz de criar a infecção, um passageiro teria que voar 54 horas em um avião com uma pessoa contaminada.

A pesquisa durou seis meses e envolveu 300 testes durante 38 horas de voo, além de 45 horas de testes em solo. Isso foi feito liberando partículas do mesmo tamanho do novo coronavírus em toda a cabine por seção, cada uma com 42 sensores representando outros passageiros que poderiam entrar em contato com as partículas.

Cada teste liberou 180 milhões de partículas - o número de partículas que seriam produzidas por milhares de tosses.

 

* Com informações da Agência Brasil.