Chapada Diamantina adia reabertura para o turismo

Das seis cidades que ficam entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina, apenas Mucugê está aberta para receber visitantes 

Por Redação
29/09/2020 às 11h29
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Foto: Divulgação
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Enquanto muitos destinos baianos já abriram as portas para a retomada do turismo, a exemplo de Praia do Forte, Morro de São Paulo, Itacaré e Salvador, que já estão aos poucos voltando a receber os visitantes, os municípios que ficam no entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina ainda se mantêm com acesso bem mais restrito para turistas.

Das seis cidades, apenas uma, Mucugê, está aberta à atividade turística. As demais, Palmeiras, Ibicoara, Andaraí e Itaetê permanecem fechadas. Já Lençóis, reabre a partir de outubro, com entrada mediante comprovação de que não está contaminado pela covid-19, sendo a única cidade baiana a fazer essa exigência. 

O decreto publicado pela prefeitura de Lençóis gerou polêmica. Entre a exigência de teste de covid e de reserva em meio de hospedagem, a inclusão da expressão "alternativamente", abre espaço para a interpretação de que na ausência do primeiro documento é possível entrar na cidade apenas com o segundo. 

Parque 

A disposição pela reabertura ao turismo encontra outro obstáculo na região: a suspensão da visitação ao Parque Nacional da Chapada Diamantina, decretada em 22 de março, e ainda em vigor. Assim que a cidade de Mucugê anunciou a reabertura ao turismo, no início do mês, o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICM-Bio), órgão que responde pela gestão do Parque, deslocou uma equipe de brigadistas para impedir o acesso à trilha para a Cachoeira dos Funis. Ainda não está decidida a adoção de medida similar em Lençóis e nos demais municípios que fazem divisa com o Parque, caso decidam reabrir também. Mas equipe para isso, não falta: o último processo seletivo contratou 42 brigadistas, a maioria deles exercendo apenas algumas atividades de campo, já que não há registros de queimadas na região.

A estação meteorológica do INMET de Lençóis registrou um acumulado de 1.224,3mm de chuva entre janeiro e agosto de 2020, 60% a mais que a média histórica para o período, que é de 765,2mm.
Em alguns pontos, o ICM bio conta com ajuda externa, caso da Cachoeira da Fumaça, um dos atrativos mais procurados da Chapada, onde a entrada está e vigiada pela Associação de Condutores de turistas do Vale do Capão (ACVVC). A localidade é um distrito do município de Palmeiras, onde o decreto de fechamento à atividade turística vence no dia 2 de outubro. O Conselho de Gestão do Capão (CGC), coletivo de associações do Vale, reivindica que a Prefeitura prorrogue o decreto por mais 30 dias, para somente depois de novembro iniciar a reabertura gradual do turismo local.

*Com informações do Bahia.ba