Especialista projeta que redes sociais vão se consolidar como a principal plataforma para campanhas municipais
Para Targino Neto, os candidatos vão usar a propaganda gratuita de rádio e TV como meio de divulgação de suas plataformas virtuais
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Comparada com o uso das redes sociais por candidatos a eleições municipais de novembro, a propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão, prevista para começar no dia 9 de outubro, não deve ter o mesmo impacto massivo para a divulgação das legendas.
O advogado eleitoral Targino Neto reconheceu o fato das pessoas estarem mais em casa por causa da pandemia do novo coronavírus, mas ponderou que esse fenômeno não significaria mais gente com a TV ligada, já que existem outros canais de informação na Internet.
Nesse contexto, o especialista defendeu a eficiência das propagandas de rádio e TV direcionada a eleitores sem proximidade com o mundo digital, enquanto as inserções no ambiente virtual terão capacidade de gerar engajamento e mídia espontânea aos postulantes.
"O que veremos é uma amplificação do fenômeno de uso das mídias sociais que já vem acontecendo desde a eleição municipal de 2016 e a última presidencial, vencida por um candidato com pouco tempo de televisão, mas com engajamento nas redes", afirmou Targino, ao citar o presidente da República, Jair Bolsonaro, que teve oito segundos de tempo de televisão.
Diálogo entre mídias
Ainda de acordo com o advogado eleitoral, as propagandas gratuitas de rádio e televisão deverão ser usadas como uma espécie de 'convite' para o eleitor interagir com o candidato nas mídias sociais.
"Claro que o candidato não vai abdicar do horário eleitoral, é um direito que eles têm. Mas sobretudo àqueles que tiverem com pouco tempo de TV e rádio, irão convidar os eleitores a conhecer o site de campanha e se engajar nas redes sociais do candidato", previu o advogado.