"Devemos trabalhar com três candidaturas em Salvador", diz senador Jaques Wagner

O ex-governador admitiu ser impossível que o grupo concentre todos os partidos numa candidatura só

Por Jones Araújo
03/08/2020 às 07h45
  • Compartilhe
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O senador Jaques Wagner (PT), responsável pela articulação política do governo estadual nas 50 maiores cidades da Bahia, diz que a estratégia em Salvador será lançar até três candidaturas na base. Ao colunista do A Tarde e editor-chefe do Portal Muita Informação, o jornalista Osvaldo Lyra, o parlamentar informou que acha impossível que o grupo político concentre todo mundo numa candidatura só.

"Acho que a gente deveria fechar o primeiro turno em três candidaturas. Sem contar que tem candidatos fora da nossa base também, tem candidatos vinculados ao bolsonarismo mais diretamente, e é obvio que a contenda principal é essa candidatura do prefeito e no primeiro turno as candidaturas do governador do estado. E no segundo turno, aí vamos ver. Mas vamos aguardar, porque está muito longe e eu acho que a população não está ligada nisso", disse.

Perguntando sobre como avalia a candidatura da Major Denice e o fato de a pandemia dificultar ela assumir a imagem do PT, o ex-governador baiano disse que o cenário atual da Covid-19 atrapalha a todo mundo, apesar de que o candidato do prefeito já estar em campanha há mais tempo. 

"Eu acho que ela tem uma taxa de conhecimento, eu insisto, o governador Rui é um aliado em potencial muito forte, é um eleitor muito forte em Salvador, portanto contribui também para ela. Ela vem de uma corporação de uma instituição que é a Polícia Militar, que é bastante grande, seus familiares e aposentados, e, querendo ou não, qualquer instituição se sente honrada pelos seus numa posição de destaque, como prefeita da capital. Além disso, a própria pandemia exige que se tenha uma gestão voltada para o acolhimento, para a proteção das pessoas, da família. Então, o fato de ser mulher, mãe e trabalhar numa área que representa segurança para as pessoas, que é a estrutura de segurança pública da Polícia Militar, eu acho que coloca ela numa posição boa. Mas além dela, você tem, e com ela, toda uma militância partidária que tem uma tradição, uma luta, e sabe como chegar bem na campanha", falou.

Para Wagner esta eleição será diferenciada e atípica e como senador ele está se colocando para contribuir com Rui Costa neste processo. "A gente não vai para todas as cidades, mas a gente tenta costurar mais as cidades primeiro as 50 maiores. Então é esse o papel que eu estou fazendo, junto com os outros senadores, a bancada federal que apoiou o governo de Rui, a bancada estadual também, os prefeitos, os partidos, e vamos tocando. Não é fácil, está todo mundo limitado. Ninguém está podendo ir pra cá e para lá, então as conversas são todas sempre mais limitadas". 

O senador também negou a possibilidade de assumir formalmente a Secretaria de Relações Institucionais. "Não, não é real isso, não acho que seja uma boa medida. Eu prefiro contribuir como senador. Nesse momento, que eu já tenho meu local de fala como senador, eu não acho que seja uma medida boa ou correta eu assumir formalmente uma Secretaria", finaliza.