Empresário diz que pandemia ajudou aumentar fluxos produtivo e comercial no agronegócio
Em entrevista ao podcast do M!, Barbosa Leite afirmou que crise também já está trazendo mudanças de hábito que já vinham se manifestando
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Empresário do segmento do agronegócio, Barbosa Leite acredita que a pandemia de Covid-19 apresentou um lado positivo para o setor que, este ano, vem registrado bons resultados no campo, a exemplo da safra recorde de grãos, ultrapassando inclusive os Estados Unidos, considerado o maior produtor mundial.
De acordo com ele, em entrevista ao podcast do M!, O que realmente vai impactar, nessa questão do coronavírus, é na mudança de hábito e comportamento por parte dos empresários.
"Nós não paramos. Até porque, no campo, não houve um impacto do vírus no setor pordutivo das lavouras. A safra foi grande, ultrapassou as expectativas e nós chegamos a uma performance interessantíssima, passando os Estados Unidos, um fato histórico. Conseguimos atender todos os contratos de exportação. Na verdade, aumentou o fluxo produtivo e fomentou o fluxo comercial. O processo do agronegócio nunca esteve tão forte e tão exemplar como está agora", afirmou.
"O que realmente vai impactar nessa questão do coronavírus é na mudança de hábito e comportamento. As grandes empresas perceberam que elas não precisam mais ter escritórios gigantes porque a maioria os executivos podem perfomar o trabalho estando em casa e evitando custos representativos como os de luz, café e água. As grandes multinacionais estão trabalhando desta forma e as empresas diminuindo os seus espaços. Isso vai impactar o mercado imobiliário, que deve se adptar a uma nova conjuntura de apartamentos funcionais, próximo das áreas centrais de trabalho. Vamos ter um espaço muito grande de áreas físicas e escritórios disponíveis dentro desses verdadeiros dinossauros que hoje estão desertos. Os shoppings centers terão de ser repensados também. São espaços gigantescos e que agora se mostram ineficazes", disse Barbosa Leite.
De acordo com o dirigente, a utilização das tecnologias para a realização de encontros e outras atividades de trabalho, no sistema home office, fará com que as empresas otimizem o tempo delas na busca por soluções.
"Com esse período de pandemia houve um aumento dos negócios e uma mudança de hábito que já vinha se manifestando mas, na verdade, se solidificou a partir dessa questão da pandemia. Todo mundo passou a fazer reuniões virtuais e todo mundo passou a trabalhar remotamente, por videoconferência, utilizando as ferramentas que já existiam. Ocorreu que as pessoas perceberam que a ganharam mais tempo e isso foi acelerando o processo de negociações. Entendo que o mundo vai mudar para a questão do absoluto reinado da internet, o que trará maior rapidez de acesso aos meios de comunicação responsáveis, apesar da força das redes sociais", comentou o empresário.
Desafios
Ainda ao M!, Barbosa Leite também falou sobre os desafios que terá ao lado do também empresário Alfredo Malafaia, à frente da Confepar, uma união de cooperativas agrícolas do estado do Paraná, além das contendas no Banco de Mercadorias & Futuros da Amazônia (BM&F) e no Fórum de Desenvolvimento e Fomento da Amazônia, onde assumiu recente a diretoria de relações institucionais.
"Me considero um revolucionário do mercado financeiro com a geração de papeis de mercado futuro, sejam eles na pecuária, na agricultura e na mineração (...) Costumo dizer que não precisa ter dinheiro ou estar com o pires na mão. Você tem que ter o embasamento técnico, científico e teconlógico, a vontade de querer fazer e o conhecimento e acesso sobre àquele tema. com isso, você faz a coisa acontecer. O resto a gente consegue através dos derivativos. Todo mundo é magnata e todo mundo é milionário, basta usar a cabeça para produzir dentro das normas e legislações vigentes no mercado financeiro e de mercadorias, as condições necessárias para que aquilo que você faz gere riqueza", incentivou.
Confira o podcast com o empresário Barbosa Leite clicando no player abaixo: