De promoter a influencer: como Ginno Larry reinventou a carreira durante pandemia

Novo ofício já rendeu ao organizador de eventos um lucro maior que a profissão original

Por Francisco Artur
10/07/2020 às 14h00
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Foto: Divulgação
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Se antes da pandemia da Covid-19 o promoter Ginno Larry era conhecido por organizar grandes eventos presenciais, atualmente ele é requisitado por marcas para divulgar seus produtos nas redes sociais. Assim como os influenciadores digitais, Ginno ganha dinheiro com a divulgação de produtos. 

"Está sendo uma reinvenção, nunca havia pensado nesse tipo de trabalho antes da pandemia. Então, eu tive que assumir meu lado blogueiro", brincou o novo influencer, ao confessar que já teve um lucro mensal maior do que da época em que trabalhava como promoter.

O processo de reinvenção de Ginno Larry, no entanto, não foi fácil. Ele contou, durante entrevista em live com o editor-chefe do M!, Osvaldo Lyra, que a pandemia abalou seus planos de eventos para este ano.

"Foi um 'back' para todo mundo. Na área de eventos, alguns eu consegui prorrogar para o final do ano ou para o ano que vem. Mas outros, não. Foram cancelados mesmo", afirmou, lembrando de sua agitada rotina como organizador de eventos.

Grandes festas

Ginno Larry se mostrou pessimista quanto a retomada de grandes festas a médio prazo. Ele enfatizou que, sem a vacina contra a Covid-19, não há como fazer previsões para isso. "Acho que vai ser muito difícil ter festa de Réveillon neste ano e Carnaval no ano que vem", exemplificou.

Os futuros eventos, de acordo com Ginno, serão pequenos e ocorrerão em formato 'drive in' - quando as pessoas assistem ao espetáculo no carro - ou em pacatas confraternizações. Ele acrescentou que os equipamentos de proteção individual serão interpretados como acessórios.

"Acredito que as pessoas vão ficar bem temerosas, vai ser tudo muito lento. Acredito em festinhas pequenas, uma confraternização ali, nada grandioso, que atenda de 100 a 150 pessoas. A máscara virou um acessório, os mais fashions vão inventar estilos e os mais conservadores devem continuar com a máscara comum", opinou. 

Assista aqui a live com Ginno Larry