Festival "João Rock e Você" reúne música e temas sociais 

Com Alceu Valença,  Humberto Gessinger, Marcelo D2, entre outros, versão virtual do festival contou com declarações e debates de temas como a pandemia, racismo e empoderamento feminino 

 

Por Redação
21/06/2020 às 07h30
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Foto: Divulgação
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O festival virtual "João Rock e Você" , que reuniu Alceu Valença, Marcelo D2, Humberto Gessinger, CPM 22, Poesia Acústica, CPM22 e Raimundos, e aconteceu na tarde deste sábado (20), foi marcado pela diversidade musical e declarações envolvendo temas sociais . 

A situação da pandemia do Covid-19 (novo Coronavírus) esteve presente em todos os blocos musicais, além de temas como racismo e empoderamento feminino que foi debatido por meio da participação especial de diversos artistas. 

A abertura ficou por conta de Alceu Valença, que tendo uma encosta no Rio de Janeiro como cenário realizou uma apresentação de conscientização para prevenção da pandemia Covid-19 (novo Coronavírus). 

"Estamos aqui com um distanciamento de 2 metros e temos as mãos limpas, nós lavamos as mãos e temos as mãos limpas porque temos coração. Vamos detonar esse vírus", disse o músico durante a apresentação, que contou com os principais sucessos de sua carreira. 

Os integrantes do Poesia Acústica, projeto idealizado pela marca de roupa Pineapple Supply em parceria com o Brainstorm Estúdio, fizeram um ato antirracismo durante a participação. O grupo que reúne os rappers Chris MC, Kayuá, Tiago Mac, Bob do Contra, Ducon, Dk47, Malak eo DJ Slim Beats aproveitaram a música "Todo mundo odeia acústico", para entonar um discurso político. 

"Somos a favor da liberdade, estamos passando por um momento político difícil. Somos a favor de país livre, antirracismo total", disseram os participantes do projeto. 

Já o músico Humberto Gessinger aproveitou a participação para fazer um apelo para o público dar atenção para a "ciência" e tomar as precauções para se proteger no período da pandemia. 

"Acabamos de entrar no inverno. É um período bem crítico aqui no sul, mas vamos ouvir a ciência e se cuidar neste período", declarou Gessinger . 

O rapper Marcelo D2 marcou sua participação com a projeção de imagens das comunidades cariocas e letras com teor de crítica social abordando questões envolvendo a violência e desigualdade social embalando a uma mescla de ritmos e batidas eletrônicas com fundos de samba e música brasileira. 

"Pessoal quero agradecer a todos que estão incentivando a cultura. Ao pessoal do João Rock. Isso é muito importante. Estamos vivendo um momento difícil. Fiquem em casa e cuidem dos seus que vamos sair dessa", disse D2. 

O CPM22 fez hardcore acústico com uma retrospectiva dos 25 anos de carreira e com diversas versões exclusivas para a edição online do festival. "O João Rock tem uma participação muito importante na nossa história. Nesses 25 anos, tocamos na primeira edição. Isso é muito legal", afirmou Badauí . 

A programação foi encerrada com a participação do Raimundos, que fez uma apresentação com cada integrante em sua casa apresentando um repertório com os principais hits da banda. 

Homenangens e debates 

Na sequência das homenagens, o guitarrista Dado Villa-Lobos comentou sobre a gravação da versão de "Tempo Perdido", exibida durante a live, que contou com a participação de 20 artistas convidados. "A energia do encontro foi muito gloriosa e tão cabível no momento em que as pessoas estão em casa. É uma música marcante e icônica. Foi maravilhoso", disse. 

A versão virtual do João Rock também contou com a participação dos rappers Emicida, Bia Ferreira, Fiote e Alexandre Carlo, do Natiruts, que participaram de um debate sobre racismo, da roqueira Pitty falando sobre a participação das mulheres no João Rock e do hexacampeão mundial de skate Sandro Dias, o Mineirinho, em uma homenagem ao Chorão, vocalista do Charlie Brown, que morreu em 2013 e completaria 50 anos em 2020. .