Carlos Falcão critica "silêncio ensurdecedor" do governo para demandas do empresariado

Governador ainda não sinalizou medidas que diminuam impacto da pandemia do coronavírus no setor, reclama presidente do Grupo Business Bahia

Por Osvaldo Lyra e Vinícius Rebouças
18/05/2020 às 18h10
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Foto: Reprodução/ Mundo VIP Bahia
Foto: Reprodução/ Mundo VIP Bahia

O presidente do Grupo Business Bahia, Carlos Falcão, se queixa da ausência de medidas por parte do Governo do Estado que minimizem o impacto da pandemia do novo coronavírus para o empresariado baiano. O ex-presidente do Esporte Clube Vitória relatou ao Portal M!, nesta segunda-feira (18), que o governador Rui Costa (PT) sequer respondeu à solicitação do grupo para marcação de uma reunião para debater o assunto.

"O governador se mantém ainda no silêncio ensurdecedor quanto a essas demandas do empresariado. A gente entende a posição porque não deve estar sendo fácil, no meio dessa crise, mas pensamos que precisa sair um plano de retomada da economia que passe por uma análise por setor e uma análise da curva de contágio", afirmou Falcão.

O empresário justifica sua sugestão de análise individualizada citando as taxas de contaminação do coronavírus. "Não que parece correto que uma cidade que esteja com uma curva de contaminação de 7% ou 8%, tenha igual tratamento a uma cidade que tenha a taxa em 5%", ponderou.

"Também não me parece certo que um lugar que tenha um sistema de saúde colapsado tenha o mesmo tratamento que outro que tenha ainda 50% de vagas, por exemplo", complementou.

Salvador, que é o epicentro da pandemia no estado, tem taxa de 6,6%. Em relação ao colapso, de acordo com o prefeito ACM Neto, a possibilidade de acontecer está prevista para o fim deste mês. Nenhuma cidade baiana entrou em colapso na Saúde até o momento.

Mesmo assim, de acordo com Falcão essa análise individualizada já foi feita em inúmeras cidades e países, mas ainda não foi acenada na Bahia. "A gente não vê a nossa estrutura de governo apresentar isso à sociedade, principalmente à sociedade empresarial. Os empresários ficam sem norte e ainda correndo risco de serem acusados de desobediência civil", criticou.