Tebet descarta urgência do orçamento e critica emendas bilionárias
No entanto, ministra do Planejamento alerta: sem ajustes fiscais, 2026 pode trazer surpresas na política

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), declarou que a não aprovação do Orçamento de 2025 pelo Congresso Nacional “não faz falta” em termos de equilíbrio fiscal e manutenção da meta de déficit primário zero. Em entrevista à GloboNews, exibida na noite desta última quarta-feira (12), ela destacou que a execução de 1/18 do Orçamento, prevista na legislação até a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), “não é ruim” para atingir os objetivos fiscais do governo.
“O Orçamento não me faz falta nesse ponto, mas eu preciso por segurança jurídica, precisamos realizar obras e fazer a máquina do governo e da economia andar”, afirmou a ministra.
Segundo Tebet, programas como o Pé-de-Meia e o Auxílio Gás estão devidamente contemplados na peça orçamentária, garantindo a continuidade das políticas públicas.
Críticas às emendas parlamentares em níveis elevados
A ministra também teceu críticas ao aumento expressivo das emendas parlamentares, alertando que a situação pode se tornar “um caso de polícia”. Embora reconheça a importância dessas emendas para a execução de políticas locais, Tebet afirmou que o volume atual de recursos destinados ao Parlamento é desproporcional em relação ao restante do mundo.
“Eu já vi essa história antes, eu já vi esse filme antes. Não sou contra as emendas parlamentares, acho que elas são saudáveis. Neste patamar que sou contra”, destacou Tebet.
Para a ministra, é fundamental estabelecer um equilíbrio que evite desgastes entre a classe política e a população. Ela alertou para o risco de surgimento de candidatos fora do espectro político tradicional em 2026, caso não haja uma mudança nesse cenário.
Janela para cortes de gastos a partir de 2026
Tebet afirmou que enxerga uma “janela” para a realização de cortes de gastos a partir de 2026, após um período de aumento das despesas públicas iniciado no final de 2022. Segundo a ministra, independentemente de quem ocupar a Presidência da República em 2027, será necessário realizar ajustes fiscais para conter a inflação e a escalada da dívida pública.
A proximidade das eleições de 2026, no entanto, dificulta a implementação de medidas mais rígidas no momento. “Converse com os 54 senadores que vão para a reeleição. Eles não querem tratar desse assunto. Eu não tenho dúvida, conheço meus colegas e não os critico”, afirmou Tebet, demonstrando compreensão em relação ao cenário político.
Papel de Gleisi Hoffmann na articulação econômica
A ministra também comentou sobre a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), afirmando que a ex-presidente do PT deverá apoiar as medidas econômicas propostas pelo Ministério da Fazenda. Para Tebet, a petista saberá separar sua atuação partidária do compromisso com as políticas econômicas do governo federal.
“Ela exercia o papel de presidente de um partido, que tinha uma posição ideológica e econômica muito clara. Agora ela é uma ministra palaciana, fidelíssima ao presidente Lula, e sabe que o projeto de país que está em andamento na parte econômica é o projeto do governo dela”, ressaltou Tebet.
Isenção de imposto e impacto nos preços dos alimentos
Ao comentar a decisão de zerar o imposto de importação de diversos produtos, incluindo a carne, Tebet pontuou que a medida pode gerar um “efeito moral” sobre os produtores nacionais. Segundo ela, a concorrência com produtos importados pode estimular a redução de preços no mercado interno.
“A própria carne, embora falem assim ‘nós somos exportadores’, há um efeito assim meio que moral. Opa, se está isenta a importação de carne, ao invés de só exportar tanto, vou deixar um pouco mais para o mercado nacional. Com isso, baixo o preço para evitar a concorrência de fora”, explicou a ministra.
Tebet manifestou otimismo em relação à queda dos preços de alimentos nos próximos 30 dias, mencionando que uma combinação de fatores deve contribuir para a redução do custo de vida da população brasileira. Com essas declarações, a ministra reforça a mensagem de compromisso com a responsabilidade fiscal, ao mesmo tempo em que sinaliza para ajustes futuros em busca da sustentabilidade das contas públicas.
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