Sobrinho de Bolsonaro confirma fuga para Argentina após virar réu no STF
Léo Índio também cobrou posicionamento mais firme de parlamentares aliados do ex-presidente Bolsonaro sobre anistia

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um prazo de 48 horas para que os advogados de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, informem se ele está fora do Brasil. O primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na quarta-feira (26), em entrevista a uma rádio do Paraná, que está na Argentina.
Entenda a fuga
Em entrevista à rádio Massa FM, do interior do Paraná, Léo Índio revelou que está foragido no país vizinho. De acordo com o radialista Valdomiro Cantini, a entrevista contou com perguntas gravadas, que foram respondidas previamente pelo entrevistado. Leonardo afirmou estar na Argentina há 22 dias, sem especificar a cidade em que se encontra.
O ex-assessor parlamentar mencionou que precisará atualizar documentos junto às autoridades argentinas dentro de dois meses. Durante a entrevista, Léo Índio também cobrou um posicionamento mais firme de parlamentares aliados do ex-presidente Bolsonaro sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
“Infelizmente, eu acho que não existe prioridade, por mais que eu tenha escutado isso o tempo inteiro. ‘Ah, é prioridade da direita, do PL, dos partidos aliados, pautar a anistia’. Prioridade? São dois anos. Eu não passei pelo ‘momento de cadeia’, mas aqui tem pessoas que ‘passaram pelo momento de cadeia’. Fugiram, tiveram a oportunidade de fugir”. Segundo ele, há mais de 500 ‘exilados’ na Argentina.
Alegações sobre os atos de 8 de janeiro
Léo Índio negou envolvimento nos atos de vandalismo em Brasília e afirmou que foi denunciado por ter tirado uma selfie na Praça dos Três Poderes. “Não houve nenhuma imagem que me colocasse e me enquadrasse em nenhum desses crimes. Logo ali, na Praça dos Três Poderes, um dos locais mais monitorados do Brasil“, disse.
Ele é acusado dos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado.
Processo no STF
A análise do caso de Léo Índio pelo STF começou em 21 de fevereiro. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, votou pela aceitação da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Nos dias seguintes, os ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux acompanharam o voto do relator, tornando Léo Índio réu no processo.
A PGR sustenta que Léo Índio participou ativamente dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A investigação aponta que ele foi flagrado em gravações feitas por ele mesmo, inclusive no topo do prédio do Congresso Nacional. Ele também teria participado dos acampamentos bolsonaristas montados em frente a quartéis antes da invasão à Praça dos Três Poderes.
Denúncia e acusações
A principal acusação contra Léo Índio é sua participação em uma associação criminosa armada. Ele também responde por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Além disso, é acusado de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Desde o início do processo, Léo Índio nega ter participado de atos de vandalismo e argumenta que a PGR não conseguiu comprovar sua contribuição para os eventos do 8 de janeiro. Em sua defesa, também solicita que o caso seja retirado da jurisdição do STF.
No parecer que embasou a decisão do STF, Moraes destacou a avaliação da PGR sobre a participação de Léo Índio nos atos.
“Aderiu, contribuiu diretamente e permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo que invadiu as sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam, causando a totalidade dos danos descritos pelo relatório preliminar do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)“, afirmou o ministro.
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