A sessão do Senado Federal foi interrompida, na tarde de terça-feira (4), após a senadora Teresa Leitão (PT-PE) tropeçar, cair e bater a testa no plenário. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), suspendeu a reunião logo depois do ocorrido.

Segundo a assessoria da parlamentar, Teresa sofreu um corte na testa, recebeu os primeiros atendimentos no local e passa bem. Ela deixou o plenário em cadeira de rodas, acompanhada por brigadistas e assessores. A queda surpreendeu os senadores, que rapidamente se mobilizaram para socorrê-la.

“A senadora Teresa Leitão tropeçou ao chegar para a sessão plenária desta terça-feira. Lúcida e orientada, ela foi prontamente atendida pela equipe de brigadistas do Senado e encaminhada para atendimento hospitalar. A senadora passa bem e segue consciente”, diz nota veiculada nas redes sociais.

A TV Senado registrou o momento em que Alcolumbre percebeu uma movimentação incomum entre os parlamentares e interrompeu a condução dos trabalhos.

Sessão foi suspensa e atendimento prestado por brigadistas

Brigadistas do Senado entraram no plenário poucos minutos após a queda para prestar o atendimento emergencial. Eles avaliaram o ferimento e conduziram a senadora até a enfermaria do Congresso, onde passou por exames de rotina. O corte foi considerado leve e não houve necessidade de internação.

De acordo com relatos de servidores, Teresa Leitão tropeçou próximo a uma das mesas de apoio enquanto retornava ao seu assento. A sessão discutia pautas econômicas e orçamentárias quando o incidente ocorreu. Alcolumbre suspendeu temporariamente a reunião e retomou os trabalhos apenas após a confirmação de que a parlamentar estava fora de risco.

Senado deve votar isenção do Imposto de Renda nesta quarta

O Senado deve votar, nesta quarta-feira (5), o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, relatado por Renan Calheiros (MDB-AL). A proposta é considerada estratégica pelo governo federal, pois integra o pacote de ajustes tributários defendido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O texto aprovado pela Câmara em outubro deve ser analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de seguir ao plenário. Renan afirmou que a tramitação será concluída em até 30 dias, mantendo o cronograma estabelecido.

O projeto prevê isenção para rendas de até R$ 5 mil e descontos graduais para salários entre R$ 5 mil e R$ 7.350. O governo estima que 25 milhões de brasileiros serão beneficiados pela mudança, que deve valer a partir de 2026, se aprovada ainda neste ano.

CPI do Crime Organizado também movimenta o Senado

Nesta terça-feira (4), o Senado instalaçou a CPI do Crime Organizado, presidida por Fabiano Contarato (PT-ES). A criação da comissão foi articulada pelo Palácio do Planalto e representa uma vitória da base governista, após disputas internas entre situação e oposição.

O colegiado investigará o avanço das facções criminosas e milícias no país ao longo de 120 dias. O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo, foi um dos principais articuladores do acordo que garantiu a eleição de Contarato. O relator será Alessandro Vieira (MDB-SE).

Durante a reunião de instalação, houve divergência entre os blocos. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a escolha de um petista para presidir a comissão, mas Contarato garantiu que atuará com independência. Ele afirmou que pretende conduzir as investigações com base em critérios técnicos e transparência.