Rui nega reforma ministerial com foco em 2026 e rebate críticas a projeto de renegociação de dívidas
Segundo ministro da Casa Civil, qualquer alteração será feita para otimizar gestão pública e não por interesses eleitorais

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, negou, na manhã desta quarta-feira (22), que possíveis mudanças no ministério do governo Lula estejam atreladas às eleições de 2026. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, o petista baiano respondeu a críticas de governadores da oposição sobre o projeto de renegociação das dívidas dos Estados e lamentou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, anunciada pelo novo presidente Donald Trump.
Reforma ministerial
Rui Costa afirmou que qualquer alteração no primeiro escalão do governo Lula será feita com o objetivo de otimizar a gestão pública e não por interesses eleitorais. Na entrevista, o chefe da Casa Civil enfatizou que o governo está comprometido com a inclusão social e o equilíbrio fiscal.
“O presidente, se resolver fazer mudanças no ministério, não será com foco político-partidário ou eleitoral de 2026. Serão mudanças pontuais voltadas para a melhoria das políticas públicas”, disse – ex-governador da Bahia.
Segundo o ministro, a gestão atual busca atender às demandas sociais enquanto mantém o controle sobre os gastos públicos. Ele reiterou que o governo só pode gastar o que arrecada para evitar inflação e instabilidades econômicas.
Intervenções para baratear alimentos
Outro ponto abordado foi a inflação dos alimentos, uma das principais preocupações do governo. Rui Costa revelou que estão sendo planejadas reuniões com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda para encontrar medidas que reduzam os preços. Entre as estratégias, está a implementação de medidas sugeridas por supermercados já no início do próximo ano, visando conter os custos para os consumidores.
“Vamos buscar intervenções que sinalizem o barateamento dos alimentos. A safra do ano passado foi afetada pelo clima, mas a expectativa é que as colheitas deste ano tragam alívio nos preços”, explicou o ministro.
Rui rebate críticas de governadores sobre projeto das dívidas
Rui Costa rebateu as críticas dos governadores oposicionistas Eduardo Leite (PSDB-RS) e Romeu Zema (Novo-MG) em relação aos vetos presidenciais no projeto de renegociação das dívidas estaduais. O petista afirmou que orientações equivocadas levaram à insatisfação do tucano e garantiu que o benefício concedido ao Rio Grande do Sul não foi alterado.
“Liguei para o governador Eduardo Leite para esclarecer. O benefício concedido ao Estado em razão das enchentes permanece intacto”, declarou.
Sobre Zema, o ministro usou uma metáfora para criticar o pedido de que o governo federal assumisse dívidas do Estado com bancos privados e internacionais. “O governador queria que o governo federal pagasse dívidas de Minas com terceiros. Isso é inaceitável”, afirmou.
Preocupações ambientais
O ministro da Casa Civil também lamentou a decisão do presidente Donald Trump de retirar novamente os Estados Unidos do Acordo de Paris, um compromisso global para a redução de emissões de gases do efeito estufa.
“O abandono do Acordo de Paris é preocupante para a humanidade. Embora muitos Estados americanos mantenham políticas ambientais, a postura do governo federal é alarmante”, ponderou.
Segundo Rui, o tema será abordado na próxima Conferência do Clima da ONU (COP), que será realizada em Belém (PA). Ele afirmou que as obras preparatórias para o evento estão em andamento e a infraestrutura deixará um legado positivo para o turismo na Amazônia.
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