Rui Costa prevê queda do dólar e reforça compromisso fiscal do governo
Segundo ministro, oscilação da moeda foi impulsionada pela expectativa sobre políticas econômicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (26) que o dólar deve se desvalorizar nos próximos meses e retornar ao patamar anterior a dezembro de 2024. A declaração foi feita durante painel no evento CEO Conference, organizado pelo BTG Pactual.
Segundo Costa, a oscilação da moeda foi impulsionada pela expectativa sobre as políticas econômicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “No mundo inteiro, houve uma depreciação das moedas em relação ao dólar por conta da expectativa que se criou sobre o que seria feito em relação ao novo presidente”, explicou.
O ministro destacou que, após esse período de especulação, as moedas nacionais se revalorizaram e que o real foi uma das moedas que mais se fortaleceu. Ele também apontou que a valorização pode impactar positivamente os preços dos produtos, aliviando a pressão inflacionária sobre o governo federal.
Governo reforça responsabilidade fiscal
O ministro reafirmou o compromisso do governo com o equilíbrio fiscal e afirmou que não haverá medidas excepcionais para impulsionar o crescimento econômico. “O mercado não acertou nos últimos dois anos. Sempre previa um crescimento menor da economia. E também não acertou nas medidas de contenção que nós faremos”, disse.
Ele destacou que a meta é manter o arcabouço fiscal e que bloqueios de gastos serão realizados, se necessário. “Nós bloqueamos R$ 20 bilhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no ano passado, e vamos fazer de novo se for necessário para cumprir o arcabouço”, afirmou.
Costa também mencionou que, em 2024, o governo obteve o maior superávit primário dos últimos dez anos. Ele comparou o resultado com o do governo anterior, destacando que o superávit de 2022 foi obtido através da suspensão do pagamento de precatórios, enquanto a gestão atual teve que arcar com uma dívida de R$ 90 bilhões.
Crédito e endividamento: prioridades do governo
Sobre a expectativa de juros em 15%, apontada por analistas do mercado financeiro, Costa destacou que a principal preocupação do governo é impedir que os brasileiros endividados continuem contraindo novas dívidas. Ele afirmou que a estratégia da gestão é promover um saneamento da economia, reduzindo a inadimplência e ampliando o acesso ao crédito.
Queda na aprovação de Lula tem relação com fatores externos
A queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelada por pesquisa Datafolha, foi atribuída pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), às oscilações no dólar, impactos das mudanças climáticas e disseminação de fake news.
“As especulações com o dólar, as mudanças climáticas, que impactaram a inflação dos alimentos, e os ataques sistemáticos de uma rede criminosa de fake news contra o governo se refletiram nos resultados da última pesquisa”, afirmou Guimarães.
Ele também informou que a comunicação do governo está sendo reformulada para ampliar o alcance das informações oficiais. “Estamos reestruturando a comunicação para garantir que a verdade chegue de forma mais clara à população“, disse.
Medidas econômicas e estratégia para 2026
Guimarães reforçou que o governo está focado em soluções concretas para a alta dos alimentos e a geração de empregos. Ele citou programas em andamento, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, novas unidades do Minha Casa Minha Vida e a gratuidade de remédios pelo Farmácia Popular.
O líder do governo também projetou um cenário otimista para as eleições de 2026. “O governo segue trabalhando para melhorar a vida das pessoas. 2025 será o início da colheita dos frutos do que foi plantado nos últimos dois anos“, declarou.
Redação
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