Pular para o conteúdo
Início » Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, é preso pela PF

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, é preso pela PF

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, é preso pela PF
Conhecido por ser o 'homem do PT' em esquemas ilícitos na estatal, ele comandou departamento que captava propinas


O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, de 69 anos, foi preso pela Polícia Federal neste sábado (17). Ele estava foragido desde julho, quando a Justiça Federal do Paraná decretou sua prisão ainda no âmbito da Operação Lava Jato. Os agentes o encontraram em uma casa no bairro Niterói, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e o encaminharam ao sistema prisional do estado.

Conhecido por ser o “homem do PT” em esquemas ilícitos na Petrobras, apurados pela Lava Jato, Duque comandou, entre 2003 e 2012, uma diretoria da estatal que, segundo a força-tarefa, captou cerca de R$ 650 milhões em propinas de empreiteiras investigadas por corrupção.

Duque chegou a ser preso em fevereiro de 2015, na décima fase da Lava Jato, como um dos primeiros alvos do alto escalão da Petrobras. Em março de 2020, foi solto com medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e passou a morar no Rio enquanto recorria de sua condenação. Renato Duque deixou de usar o equipamento no ano passado, mas continuou proibido de deixar o País.

No dia 17 do mês passado, no entanto, foi condenado pela 12ª Vara Federal Criminal de Curitiba a 39 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo o mandado, a espécie de prisão determinada é “definitiva”. O Estadão tentou contato com Duque na ocasião, mas não obteve retorno.

A detenção se dá para o cumprimento da pena de três ações que já transitaram em julgado, ou seja, processos em que já não há mais possibilidade de Duque recorrer.

O ex-diretor da Petrobras não firmou acordo de delação premiada, mas confessou crimes que envolviam integrantes importantes do PT, como o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente Lula.

Agência Brasil