Presidente do PSDB adia discussão sobre fusão e diz que sigla ‘não vai desaparecer’
Marconi Perillo também indicou que legenda terá candidato próprio à Presidência em 2026

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou, nesta quarta-feira (12), que neste momento, a legenda não seguirá adiante com negociações para incorporação ou fusão com outras siglas. O partido vinha discutindo possibilidades com o PSD e o MDB, no entanto, Perillo afirmou que o PSDB “aguardará um pouco” para evitar uma decisão precipitada.
As tratativas com o PSD eram as mais avançadas, mas o presidente da legenda, Gilberto Kassab, rejeitava a fusão e defendia a incorporação dos tucanos, o que resultaria na extinção do PSDB. O recuo surpreendeu aliados de Kassab, enquanto o MDB optou por não comentar a mudança de posição.
“Vamos continuar dialogando, mas a prioridade é preservar a história e o legado do partido que muito contribuiu para melhorar nosso país”, declarou Perillo.
Aécio é contra fusão com PSD
O deputado federal Aécio Neves (MG) foi um dos principais opositores à incorporação do PSDB. O parlamentar considera que uma eventual união com o PSD, poderia prejudicar uma candidatura ao Senado ou ao governo de Minas Gerais em 2026.
O PSD tem entre seus líderes no estado o ministro Alexandre Silveira e o senador Rodrigo Pacheco, o que dificultaria os planos políticos de Aécio. Perillo também tinha objeções à fusão com o MDB, pois o atual vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), também pretende disputar o governo estadual e é visto como nome natural da legenda para a disputa.
PSDB buscará alianças
Em nota à imprensa, Perillo reforçou que o PSDB “não vai desaparecer” e que buscará alianças para garantir sua relevância. Ele indicou que o partido avalia novas estratégias, como federações e coligações com outras siglas do centro político, para enfrentar a cláusula de barreira imposta pela legislação eleitoral.
“Sabemos das dificuldades impostas pela legislação. A partir da eleição de 2026, a chamada ‘cláusula de desempenho’ ficará mais rígida e precisamos encontrar soluções para superar esse obstáculo”, declarou.
Entre as alternativas avaliadas está a continuidade da federação com o Cidadania, cujo acordo atual termina no primeiro semestre de 2026. Segundo Perillo, há conversas em andamento sobre a viabilidade da manutenção ou ampliação dessa colaboração.
“Pode fazer parte também dessa estratégia a aliança com outros partidos do centro democrático, seja em formato de federação como a que temos com o Cidadania – que se encerra no primeiro semestre de 2026 e que estamos em conversas para avaliar a viabilidade de sua manutenção ou ampliação -, seja com a convergência de outras legendas ao PSDB”, acrescentou.
Perillo também indicou que a legenda terá um candidato próprio à Presidência em 2026. “Apresentaremos ao país em 2026 uma alternativa democrática, programática, forte e popular para recolocar o Brasil no rumo do desenvolvimento econômico sustentável em busca de igualdade e justiça social”, afirmou.
Segundo o Estadão, fontes do PSDB apontam que a resistência interna pesou na decisão de Perillo de abandonar a fusão ou incorporação. Segundo um deputado federal da legenda, a adesão ao PSD ou ao MDB não seria uma escolha simples. “Não é simples para o presidente do partido assinar uma incorporação, é como assinar um atestado de óbito”, comparou.
Geddel descarta fusão do MDB com o PSDB
Como mostrado nesta última quarta-feira (12) pelo Portal M!, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) descartou uma fusão da sigla com o PSDB. Ao M!, Geddel revelou que tratou do tema com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e com o deputado federal e presidente nacional da sigla, Baleia Rossi, e afirmou que o tema “não passa”.
“Semana passada estive em Brasília e São Paulo, e conversei muito com [Michel] Temer, Baleia [Rossi] e muita gente mais. Esquece fusão do PSDB com o MDB. Não passa”, disse na ocasião.
A declaração de Geddel ocorreu em reposta à Coluna Vixe!, também publicada nesta quarta, que revelou a possibilidade de conversas entre os tucanos e os emedebistas. Na ocasião, a coluna revelou que, apesar do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ter avançado no convencimento de governadores da sigla sobre a fusão, o MDB estaria levado vantagem nessa queda de braço, sobretudo, após um movimento feito pelo partido em São Paulo, comandado pelo ex-presidente Michel Temer.
Conforme apurado pela coluna, Temer teria sentado para conversar com o dirigente do PSDB, Marconi Perillo, e outros tucanos de alta plumagem, como o ex-ministro Bruno Araújo.
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