Pesquisa Quaest: Lula lidera entre mais pobres, direita predomina entre ricos
Apoio à direita cresce com renda, mas nem sempre se traduz em bolsonarismo, segundo instituto

A nova pesquisa Quaest, divulgada neste domingo (16), aponta que a identificação política dos brasileiros está diretamente relacionada à renda. O levantamento indica que a soma dos que se identificam com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou com a esquerda é maior entre os mais pobres, enquanto nas classes média e alta, a direita predomina, abrangendo tanto bolsonaristas quanto não bolsonaristas.
Lula tem mais apoio entre os mais pobres
Entre os mais pobres, 28% se dizem lulistas ou petistas, percentual que cai para 16% na classe média e 12% na classe alta. Em contrapartida, o grupo que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cresce conforme a renda, passando de 9% entre os mais pobres para 12% na classe média e 14% na alta.
Somando os bolsonaristas com os eleitores de direita não bolsonaristas, os brasileiros que se identificam com esse espectro político representam 23% na classe baixa, 34% na média e 43% na alta. Já os eleitores de Lula somados aos esquerdistas não lulistas são 39% entre os mais pobres, 31% na classe média e 28% na alta.
Bolsonarismo não domina a direita nas classes mais altas
Os dados indicam que, embora a direita seja predominante nas classes média e alta, isso não se traduz automaticamente em adesão ao bolsonarismo. Em todos os segmentos, o apoio à direita supera o apoio a Bolsonaro, chegando a mais do que o dobro na classe alta.
Na esquerda, Lula tem ampla vantagem entre os mais pobres. Nesse grupo, 28% são lulistas, enquanto 11% são esquerdistas sem identificação com o petismo. Na classe média, os lulistas somam 16% e os esquerdistas, 15%. Já entre os mais ricos, 12% apoiam Lula, enquanto 16% se dizem de esquerda, mas sem alinhamento ao petismo.
Percentual de indecisos é significativo em todas as classes
A pesquisa também destaca que uma parcela significativa da população não se identifica com nenhum espectro político. 31% dos mais pobres, 32% da classe média e 27% dos mais ricos afirmam não ter um posicionamento definido.
Lula supera Bolsonaro entre os mais pobres, enquanto na classe média há um empate técnico, com vantagem numérica para o petista. Entre os mais ricos, o empate se repete, mas com leve vantagem para Bolsonaro.
Interesse por política cresce com a renda
Outro ponto abordado pela pesquisa é o interesse por política, que aumenta conforme a renda. Entre os mais pobres, 38% não têm nenhum interesse pelo tema. Esse percentual cai para 28% na classe média e 21% na alta.
Os que afirmam ter muito interesse por política somam 11% entre os mais pobres, 15% na classe média e 20% na alta. Os moderadamente interessados representam 24% na classe baixa, 32% na média e 36% na alta.
Liberdade de expressão e confiança nas instituições
A pesquisa também avaliou a opinião dos brasileiros sobre liberdade de expressão. A maioria defende o direito de se expressar, mesmo que de forma ofensiva. Esse apoio é maior entre os mais pobres (64%), seguido pela classe média (59%) e pela alta (56%). Entretanto, a rejeição ao discurso ofensivo aumenta conforme a renda: 33% entre os mais pobres, 38% na média e 42% na alta.
Quanto à confiança nas instituições, a Igreja Católica e as Igrejas Evangélicas registram índices superiores a 68% em todas as classes sociais. Os militares são mais bem avaliados pela classe média (71%). Por outro lado, o Congresso Nacional é a instituição com pior percepção, com rejeição maior entre os mais ricos (55%) e menor entre os mais pobres (50%).
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