Paulo Azi diz que Jerônimo quer ‘maquiar má avaliação’ com ‘falsas adesões’

O presidente estadual do União Brasil, deputado federal Paulo Azi, criticou nesta quinta-feira (30), o movimento do governo da Bahia de divulgar adesões de prefeitos à base petista. Para o parlamentar, essa ação não passa de um “balão de ensaio” e tem como objetivo “maquiar” a baixa avaliação do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo Azi, os prefeitos envolvidos nunca estiveram alinhados com a oposição na Bahia, o que torna as adesões pouco autênticas.

Azi diz que prefeitos já integram base governista

Azi explicou que os prefeitos mencionados nas recentes adesões fazem parte de partidos da base governista, o que demonstra que, na prática, a articulação não representa uma verdadeira mudança política.

Ao falar sobre a temática, Azi citou o exemplo de Buritirama, onde o prefeito Dr. Léo (MDB) foi anunciado como adesão ao governo, mas pertence a uma legenda que já integra a base do governo.

“Em Buritirama, o União Brasil tinha um candidato (Arival Viana), então, como é que a gente apoiou o prefeito que venceu a eleição se o nosso partido tinha candidato?”, questionou o deputado.

‘Falsas adesões’ como disfarce para má avaliação de Jerônimo

Para o presidente do União Brasil, a movimentação do governo busca encobrir a queda na avaliação do governador Jerônimo. Segundo ele, pesquisas feitas por diferentes grupos políticos mostram que a popularidade do petista está em declínio, o que torna as adesões parte de uma estratégia para melhorar a imagem do governo.

“Esses factóides de falsas adesões são tentativas dissimuladas de mostrar que estão bem, quando, na realidade, estão caindo pelas tabelas”, afirmou Paulo Azi, reforçando sua crítica ao governo petista.

Crítica à gestão de Jerônimo e a falta de foco nas questões sociais

Paulo Azi também criticou o governo de Jerônimo Rodrigues por sua aparente priorização da política em detrimento dos problemas reais enfrentados pela população baiana. De acordo com o deputado, o governador parece acreditar que sua reeleição dependerá mais de alianças políticas do que da resolução dos graves problemas enfrentados pelo povo, como a violência, a pobreza, os índices baixos de saúde e educação, e o desemprego.

“Infelizmente, estamos diante de um governador que pensa que vai ganhar a eleição apenas com os políticos e não se preocupa com aquilo que é mais importante: o bem-estar do povo, que é quem sofre com os graves problemas da Bahia”, criticou.

ACM Neto também rebate movimento de adesões do governo Jerônimo

O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, também criticou o movimento do governador Jerônimo. Em entrevista ao Portal M!, na última terça-feira (28), Neto descreveu a estratégia do governo como uma “cortina de fumaça” e minimizou a movimentação de prefeitos para a base governista.

Na ocasião, ACM Neto afirmou que as adesões não envolvem prefeitos que possuem compromisso histórico ou princípios políticos sólidos. Para ele, a movimentação envolve pessoas que não estavam com ele “há muito tempo” e que, ao se aproximarem do governo, demonstram apenas apego à estrutura de poder.

“Não vamos disputar com o governador nesse campo. Uma coisa são os prefeitos que têm compromisso histórico, valores e posição política. Esses vão estar conosco. Agora, quem não tem apego a isso, só a estrutura de poder, a gente não vai disputar”, afirmou ACM Neto.

‘Espuma’ e ‘fumaça’: a crítica do ex-prefeito

ACM Neto foi ainda mais incisivo ao classificar a estratégia do governo como “espuma” e “fumaça”. Segundo ele, quem tem compromisso com princípios e valores seguirá com a oposição, sem se deixar enganar pelas articulações.

“Quem tiver atrás de estrutura de poder é o tipo de guerra que a gente não vai travar”, avaliou Neto.

Importância de avaliar a governança e a popularidade

Além das críticas ao movimento político, ACM Neto alertou para a importância de se avaliar a governança com base nas ações voltadas para a população. Segundo o ex-prefeito, Jerônimo Rodrigues tem negligenciado o equilíbrio entre a política e as necessidades reais do povo, o que pode prejudicar sua imagem pública.

“Não adianta ter um exército político enorme se você chega à eleição muito mal avaliado, com a rejeição alta e com o governo reprovado pela população”, afirmou Neto.