Paulo Azi crava candidatura de ACM Neto em 2026 e diz que desgaste de Jerônimo é trunfo para oposição
Deputado avalia que a rejeição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) deve impactar diretamente na corrida eleitoral

O deputado federal Paulo Azi (União Brasil) afirmou, nesta terça-feira (13), que o ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, disputará novamente o governo da Bahia em 2026. Segundo o parlamentar, a oposição terá um cenário mais favorável do que em 2022, devido ao desgaste da gestão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e à insatisfação com o governo federal.
“Tenho convicção de que ACM Neto será candidato em 2026. O cenário está diferente, e a população está mais atenta às ações do atual governo estadual. A eleição será uma grande oportunidade para mudar o rumo da Bahia”, declarou Azi em entrevista à Rádio Metrópole.
Azi avalia que a rejeição ao governo estadual deve impactar diretamente na corrida eleitoral, criando oportunidades para a retomada do poder pelo grupo oposicionista. Para o deputado, o momento político tende a favorecer a candidatura de Neto, que perdeu a eleição em 2022. Ele acredita que o eleitorado está mais crítico e atento aos problemas de gestão enfrentados no estado.
Azi defende foco em temas de relevância nacional na CCJ
Além de comentar o cenário eleitoral, o parlamentar também abordou a atuação à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Ele destacou que o desafio é manter o foco nos temas de relevância nacional, evitando que os debates sejam contaminados por disputas ideológicas.
“A CCJ é um espaço importante para garantir que as discussões na Câmara dos Deputados se concentrem no que realmente importa para o país, sem perder de vista a responsabilidade com a sociedade“, afirmou.
Redução da jornada precisa de equilíbrio
Durante a entrevista, Azi também se posicionou sobre a proposta de emenda à Constituição que trata da redução da jornada de trabalho no Brasil. O deputado defendeu que o tema deve ser debatido com responsabilidade e ampla participação dos setores produtivos e da sociedade. Para ele, a medida pode trazer ganhos à economia, mas exige cautela na implementação.
“A redução da jornada de trabalho deve ser tratada com cautela, para não sobrecarregar os pequenos empresários e para garantir que não haja aumento nos custos de produção. O governo pode ajudar com a redução de impostos para que essa mudança seja viável, sem prejudicar a economia e a população“, afirmou.
O parlamentar sinalizou apoio à proposta, mas alertou para os desafios que podem surgir em setores que demandam carga horária mais intensa, como serviços essenciais e indústrias. Azi acredita que o governo federal pode ter um papel fundamental na construção de soluções, como a criação de incentivos fiscais para compensar os empregadores.
Papel do governo e viabilidade econômica
Segundo Azi, para garantir a viabilidade econômica da redução da jornada, será necessário criar um ambiente de diálogo entre o setor público e o setor privado. Ele defende que o governo proponha políticas que evitem impactos negativos sobre a geração de empregos e os preços dos produtos e serviços.
O parlamentar reforçou que a aprovação de uma medida como essa requer um entendimento amplo entre os agentes econômicos e sociais. Ele ressaltou que a CCJ, sob sua presidência, tem buscado preservar o debate técnico e equilibrado sobre pautas que afetam diretamente a vida da população brasileira.
PEC para redução da jornada foi protocolada na Câmara
Em fevereiro deste ano, a deputada Erika Hilton (PSOL) protocolou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada de trabalho semanal para 36 horas, mantendo a carga diária de oito horas. A iniciativa visa acabar com a escala de trabalho 6×1, que atualmente é uma das mais comuns no Brasil. A mudança permitiria a adoção de uma semana de trabalho de quatro dias sem redução salarial.
O projeto foi protocolado com o apoio de 209 deputados, superando as 171 assinaturas mínimas exigidas para o início da tramitação da proposta. No entanto, para que a PEC seja aprovada, será necessário alcançar o apoio de 308 parlamentares na Câmara dos Deputados. O apoio à proposta é amplo, com 234 assinaturas no momento.
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