Parlamentares do PT ironizam inflação argentina em comparação com o Brasil

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) têm ironizado o resultado da inflação na Argentina, comparando-o com o índice registrado no Brasil. As manifestações dos petistas surgem em resposta às reações do mercado financeiro brasileiro diante das medidas econômicas adotadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do Metrópoles.

Inflação: Brasil e Argentina em números

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), a inflação acumulada na Argentina nos últimos 12 meses até novembro atingiu 166%, marcando uma desaceleração de 0,3 ponto percentual em relação a outubro.

No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a inflação apresentou alta de 0,39% em novembro, com um acumulado de 4,87% nos últimos 12 meses.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder da maioria na Câmara, criticou a condução econômica do presidente argentino, Javier Milei.

“E o mercado ainda fala que Javier Milei está salvando o país, enquanto Lula afunda o Brasil. Só pode ser PIADA!”, escreveu Lindbergh.

Críticas ao mercado e à gestão de Milei

Durante sua campanha, Javier Milei prometeu medidas rigorosas para estabilizar a economia argentina, incluindo cortes expressivos nos gastos públicos. Desde que assumiu a presidência, em dezembro de 2023, conseguiu conter a alta da inflação, apesar do elevado índice anual.

Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo na Câmara, também destacou a inflação argentina e questionou a postura do mercado financeiro brasileiro diante do cenário econômico doméstico:

O senador Humberto Costa (PT-PE) seguiu a mesma linha de ironia ao comentar os números da inflação argentina:

Expectativas do mercado para 2024

No Brasil, o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) no dia 30 de dezembro de 2024 aponta que o mercado financeiro projeta uma leve redução da inflação, com estimativa de 4,9% para 2024.

A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024 foi estabelecida em 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Quanto ao câmbio, o mercado estima que o dólar deve encerrar 2024 cotado a R$ 6. No entanto, na primeira sessão de 2025, realizada em 2 de janeiro, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 6,16, com variação negativa de 0,22%.