O padre Júlio Lancellotti, que é responsável por coordenar a Pastoral do Povo de Rua de São Paulo, denunciou, no último sábado (10), a ameaça de morte que sofreu de um apoiador do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Paulo Sposito, que possui pós-graduação em direito penal militar, afirmou que os furtos no bairro da Mooca só terão redução quando o padre “comer grama pela raiz”.
A denúncia da ameaça ocorreu nos comentários de uma notícia, no Instagram, que apontavam o aumento de furtos na região da cidade de São Paulo. A princípio, Sposito associou o indicativo com o trabalho de Lancellotti, sem a apresentação de provas.
“Infelizmente, essa situação de ocupação, invasão e o aumento de nóias furtando no bairro da Mooca só sessará quando o ‘Padreco Júlio Lanchecheta’ for transferido para outro pastoral ou for comer grama pela raiz. No mais, a tendência é piorar e muito”, afirmou.
Nesse sentido, o padre classificou o comentário como uma incitação de violência, difamação e ameaça. Nas redes sociais, o apoiador de Bolsonaro costuma fazer posts relacionados à Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) e ao ex-presidente.
Ele também se posiciona para compartilhar fake news sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma das publicações, Sposito diz que o petista deve “odiar” o bairro da Mooca, por conta da presença de conservadores.
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