Oito em cada dez brasileiros defendem demissão de Lupi, aponta pesquisa AtlasIntel
Levantamento também revelou que 84,4% dos entrevistados ‘acompanharam bem’ o episódio, enquanto 15,6% afirmaram ter pouco conhecimento sobre tema

Um levantamento da AtlasIntel, divulgado nesta quinta-feira (1º), mostrou que 85,3% dos brasileiros são a favor da demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, após a revelação de um esquema fraudulento no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo a Polícia Federal, a fraude gerou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas.
População acompanha de perto o caso
A pesquisa também revelou que 84,4% dos entrevistados “acompanharam bem” o episódio, enquanto 15,6% afirmaram ter pouco conhecimento sobre o tema. A pesquisa ouviu 1.000 brasileiros entre os dias 29 de abril e 1º de maio, com margem de erro de três pontos percentuais.
Brasileiros relatam conhecimento de vítimas
Os entrevistados também foram questionados se conhecem pessoas afetadas pela fraude. O resultado mostrou que 58% não foram vítimas nem conhecem alguém que tenha sofrido prejuízo. No entanto, 35,6% relataram conhecer vítimas de descontos indevidos em benefícios do INSS e 6,4% afirmaram ter sido diretamente prejudicados.
Governo mantém ministro, mas enfrenta críticas
Mesmo com a repercussão, o governo federal ainda não indicou intenção de demitir Carlos Lupi. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou que o ministro permanece no cargo, mas que “se houver algo no futuro será afastado”.
Oposição propõe CPI para apurar fraudes
Na quarta-feira (30), partidos de oposição protocolaram um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades no INSS. A decisão sobre a instalação da comissão cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Durante audiência na Câmara, na terça-feira (29), Carlos Lupi afirmou que os crimes não são recentes e ocorreram também em gestões anteriores. O ministro declarou ainda que os responsáveis pela fraude já começaram a ser identificados.
Marinho diz que permanência de Lupi depende de condições políticas
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou, nesta quinta-feira (1º), que a permanência do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), no governo está condicionada às condições políticas e à capacidade de resposta à crise gerada pelo esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Ao participar do ato de 1º de Maio promovido por centrais sindicais na zona norte de São Paulo, Marinho respondeu à imprensa sobre a situação de Lupi. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não compareceu ao evento, após fraca adesão em manifestações recentes.
Segundo Marinho, a substituição de um ministro não está necessariamente ligada à constatação de ilegalidades. De acordo com ele, a condição política é quem pode determinar a continuidade ou não de Lupi. O ministro ressaltou ainda que o governo tem dado instrumentos, para que Lupi possa mostrar “capacidade de resolver os problemas”.
“Hoje, tem um novo presidente do INSS, que é a instituição principal para solucionar esses problemas. Então, o ministro tem em mãos todas as ferramentas para virar essa chave. Vai depender agora da funcionalidade, da velocidade dessas soluções”, afirmou.
Lula diz que governo identificou e combateu fraude
Em pronunciamento feito em rede nacional de rádio e TV neste 1º de Maio, Lula reiterou que a fraude foi descoberta em sua gestão. “Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, afirmou o presidente.
Apesar da posição firme no combate à fraude, há pressão dentro do governo para que Lupi seja substituído, mas Lula resiste. O presidente busca preservar a aliança com o PDT e manter a narrativa de que a responsabilidade está concentrada no INSS e não na cúpula ministerial.
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