Lula pede antecipação de metas climáticas e critica desigualdades no G20
Presidente também teceu críticas aos recursos destinados a conflitos armados durante evento no Rio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta terça-feira (19), a 3ª sessão da Cúpula de Líderes do G20, composta pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O foco do encontro foi o desenvolvimento sustentável e o petista destacou a urgência em acelerar as respostas às mudanças climáticas.
Em seu discurso, Lula propôs que as metas climáticas globais sejam antecipadas em 10 anos. Além disso, sugeriu que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, marcada para 2025 em Belém do Pará, seja a “COP da virada”.
“Nossa bússola continua sendo os princípios das responsabilidades comuns, esse é o imperativo da responsabilidade climática. Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040”, discursou.
“Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podem dar um passo a mais. Na luta pela sobrevivência, não há espaço para o negacionismo e a desinformação”, completou Lula, que após a sessão, conduziu o encerramento do evento e oficializou a transmissão da presidência do G20 para a África do Sul.
Primeiro dia do evento
Durante a abertura do encontro, na segunda-feira (18), Lula teceu críticas aos recursos destinados a conflitos armados, que, segundo ele, desviam a atenção e os investimentos do combate à fome, tema central defendido pelo Brasil nesta edição da cúpula. “É muito importante o que vamos decidir aqui, e eu tenho certeza de que se assumirmos a responsabilidade no combate à pobreza, podemos ter sucesso em pouco tempo. Constato com tristeza que o mundo está pior: temos o maior número de conflitos armados desde a 2ª Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada”, declarou.
Lula também disse que as desigualdades econômicas, geradas pelo neoliberalismo, causaram o ódio e a ameaças à democracia. “Não é surpresa que a desigualdade fomente o ódio, extremismo e violência. Nem que a democracia esteja sob ameaça. A globalização neoliberal fracassou. Em meio às crescentes turbulências, a comunidade internacional parece resignada a navegar sem rumo por disputadas hegemônicas”.
Em seguida, o presidente brasileiro abordou as guerras em curso no mundo. Lula condenou a invasão da Rússia ao território da Ucrânia e de Israel à Faixa de Gaza. “Do Iraque à Ucrânia, da Bósnia à Gaza, consolida-se a percepção de que nem todo território merece ter sua integridade respeitada e nem toda vida tem o mesmo valor. Intervenções desastrosas subverteram a ordem no Afeganistão e na Líbia. A indiferença relegou o Sudão e o Haiti ao esquecimento. Sanções unilaterais produzem sofrimento a atingem os mais vulneráveis”, argumentou.
Por fim, Lula falou também sobre a necessidade de ajudar nações mais pobres a enfrentar os efeitos da crise do clima. “Países vulneráveis enfrentam enormes desafios e obstáculos que não são de sua responsabilidade. Eles não estão recebendo o nível de apoio que precisam de uma arquitetura financeira internacional que está desatualizada, ineficaz e injusta”.
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