Nova camisa vermelha da seleção gera revolta: políticos acusam ataque à tradição nacional
Debate ganhou tons ideológicos nas falas de outros representantes da oposição ao governo federal

A possibilidade de a seleção brasileira de futebol estrear um uniforme vermelho para a Copa do Mundo de 2026 provocou forte reação de parlamentares ligados à direita. Nas redes sociais, políticos criticaram a mudança, classificando-a como um ataque à tradição e aos símbolos nacionais.
Na Bahia, o deputado federal Leo Prates (PDT-BA) foi o primeiro a expressar preocupação com a mudança. Segundo ele, a camisa da seleção carrega um valor simbólico que transcende o futebol.
“As cores da nossa camisa representam a nossa história e a nossa identidade. A seleção é um patrimônio nacional. Mexer nisso é desrespeitar o sentimento de milhões de brasileiros”, afirmou Prates.
Políticos acusam conotação ideológica
O debate ganhou tons ideológicos nas falas de outros representantes da oposição ao governo federal. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também foi um dos primeiros a se manifestar. Em publicação no X (antigo Twitter), ele classificou a proposta como uma “afronta ao orgulho brasileiro” e questionou a motivação por trás da nova cor.
“Não há identificação, não há história, não há justificativa para substituir o verde e amarelo pelo vermelho. Essa tentativa não passa de mais uma investida para desfigurar aquilo que nos faz brasileiros de verdade. Nossa bandeira não é vermelha, e nunca será!”, escreveu.
O vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil-SP) insinuou que a escolha da cor vermelha teria relação com o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo símbolo é uma estrela branca sobre fundo vermelho.
“A estrela do PT estampada, convocação assinada pelo MST e o hino trocado por ‘Lula lá’? Se vencerem a Copa, preparem o mastro: vai subir a bandeira de Cuba!”, ironizou.
Em linha semelhante, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) atacou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), insinuando que a adoção do vermelho teria conotação política. “Por que a CBF, envolvida em questões no mínimo pouco republicanas, não coloca logo uma estrela do PT na camisa? Pelo menos teríamos seis estrelas e poderíamos dizer que, finalmente, conquistamos o hexa”, escreveu em seu perfil no X.
O senador Magno Malta (PL-ES) também se mostrou indignado com a possível mudança. “Espero que não seja verdade. Mas, do jeito que as coisas andam, só falta chover pra cima mesmo”, afirmou. Já o senador Jorge Seif (PL-SC) declarou que a camisa amarela “é eterna” e que trocar suas cores seria equivalente a alterar a própria bandeira nacional.
Tradição e identidade
Após a derrota na Copa de 1950 usando o uniforme branco, o Brasil passou a vestir a famosa camisa amarela com detalhes em verde, inspirada diretamente nas cores da bandeira. A peça se tornou um dos maiores símbolos esportivos do planeta, associada à excelência do futebol brasileiro e a nomes como Pelé, Romário, Ronaldo e Neymar. Além disso, a camisa canarinho representa para muitos brasileiros um emblema de patriotismo e identidade nacional.
O que se sabe sobre nova camisa
A informação sobre o novo uniforme foi divulgada pelo site especializado Footy Headlines, conhecido por antecipar lançamentos de camisas de seleções e clubes. De acordo com o portal, o modelo vermelho seria produzido pela marca Jordan, tradicionalmente associada ao basquete, e não pela Nike, patrocinadora oficial da seleção.
A nova camisa, caso confirmada, seria a primeira da história com uma cor fora da paleta da bandeira nacional — composta por verde, amarelo, azul e branco. Até o momento, nem a CBF nem a fornecedora de material esportivo se pronunciaram oficialmente sobre o suposto lançamento.
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