‘Mulher bonita’ no governo: Lula causa polêmica ao explicar escolha de Gleisi Hoffmann para melhorar relação com Congresso
Ex-presidente do PT foi nomeada ministra das Relações Institucionais
José Cruz/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causou polêmica, nesta quarta-feira (12), ao explicar a escolha de Gleisi Hoffmann como ministra das Relações Institucionais. Segundo o petista, a escolha de uma “mulher bonita” teve o objetivo de aproximar o governo do Congresso Nacional. A declaração ocorreu durante a assinatura da Medida Provisória que institui a linha de crédito consignado chamada Crédito do Trabalhador, no Palácio do Planalto.
“O que a gente quer é facilitar que vocês tenham acesso ao crédito. Acho muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e do Senado, porque uma coisa que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra das Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância de vocês”, disse Lula.
Na ocasião, o presidente também enfatizou a necessidade de fortalecer a relação entre o Executivo e o Legislativo. “Não quero que alguém ache que o presidente está distante do presidente da Câmara, está distante do presidente do Senado. Temos que mostrar, para a sociedade, que nós somos, em lugares diferentes, pessoas com o mesmo compromisso de defender a soberania do país, o bem-estar do brasileiro”, acrescentou.
Mudança no governo
Na segunda-feira (10), Gleisi Hoffmann assumiu o cargo antes ocupado por Alexandre Padilha, que foi transferido para o Ministério da Saúde após a saída de Nísia Trindade. No primeiro dia como ministra, ela se dividiu entre resolver questões internas do PT e articular com lideranças políticas de diferentes espectros.
Além da referência à nova ministra, Lula também comentou sobre outros aliados do governo. Ao falar sobre a reforma tributária, ele destacou a atuação do deputado José Guimarães (PT-CE), referindo-se a ele de forma descontraída.
“Não é possível fazer reforma tributária em regime democrático, ela só é feita em regime autoritário. E nós conseguimos fazer com a participação de todos os deputados e senadores. E nós só temos 9 senadores de 81, e 70 deputados em 513. E nós fizemos isso. Muito por conta da competência do nosso deputado, na Câmara, pelo trabalho primordial do Guimarães, esse cabeçudão do Ceará, e pelo companheiro Jaques Wagner, que é um companheiro da mais alta qualidade de negociação, além dos nossos líderes”, afirmou.
Durante o evento, Lula mencionou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), elogiando sua atuação, mas também sugerindo que ele precisaria melhorar sua comunicação.
“Tenho a felicidade de ter o Haddad de ministro da Fazenda. Companheiro que nem sempre é o mais feliz quando pega o microfone. Eu falo que ele tem que passar um pouco de charme. Fico pensando se as pessoas têm noção do que o companheiro Haddad já patrocinou como ministro da Fazenda nesses dois anos”, disse.
Apesar da observação, o presidente reforçou sua confiança no ministro. “Até o fim do mandato dele, Haddad será o melhor ministro da Fazenda da história”, declarou.
Gleisi Hoffmann assume articulação política do governo
A escolha de Lula por Gleisi Hoffmann para comandar a articulação política do governo foi interpretada como um movimento mais à esquerda. Gleisi, ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e presidente do PT desde 2017, substitui Padilha na SRI. O cargo da secretaria é um dos mais disputados, sendo visto como crucial para a negociação entre o Planalto e o Congresso.
A troca, embora bem recebida por algumas lideranças, gerou críticas, especialmente entre os aliados do Centrão, que preferiam um nome fora do PT. Isnaldo Bulhões (MDB-AL), um nome defendido pelo bloco para a SRI, participou da posse de Gleisi e destacou as qualidades da nova ministra. Segundo Bulhões informou a jornalistas, Gleisi possui “todos os atributos” para desempenhar a função com eficiência. Ele também afirmou que não há “insatisfação” dentro do bloco político com sua nomeação.
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