Moraes classifica explosões no STF como casos não isolados e defende regulamentação das redes
Ministro do STF afirma que novo incidente é resultado do ódio político e reitera que não haja anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro

O ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, na manhã desta quinta-feira (13), que as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes nesta última quarta-feira (13), não são fatos isolados e resultado do ódio político que se instaurou no país. Ele ainda defendeu a regulamentação das redes sociais e que não haja anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
“As autoridades públicas, aqueles que defendem a democracia, devem decidir exatamente para que haja responsabilização, para que haja uma regulamentação das redes sociais. Não é possível mais esse envenenamento constante pelas redes sociais. Ontem é demonstração que só é possível pacificar o País com responsabilização dos criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos. Nós sabemos que o criminoso anistiado é um criminoso impune. A impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem”, declarou.
Segundo o ministro do STF, o atentado começou quando o “gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra instituições”. Moraes ressaltou ainda que “as pessoas acham que podem vir a Brasília e tentar explodir o STF porque foram instigadas por pessoas com altos cargos a atacar”.
“A pessoa tentou ingressar no Supremo, mas foi barrada pela segurança, que percebeu que tinha artefatos amarrados, e se dirigiu até a estátua da Justiça. A ideia era tentar ingressar e explodir dentro do próprio Supremo Tribunal Federal”, alertou sobre as intenções de Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo ato que morreu no local.
Segundo o ministro, a Polícia Federal e o STF devem assumir as investigações, que atualmente estão a cargo da Polícia Civil do Distrito Federal. Alexandre de Moraes também deverá assumir a relatoria do caso, visto que é responsável pelo inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro. No entanto, a decisão cabe ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
“Isso foi se avolumando sob o manto de uma criminosa utilização da liberdade de expressão. Ofender, ameaçar, coagir, em nenhum lugar do mundo isso é liberdade de expressão. Isso é crime. Não podemos compactuar com a impunidade de ninguém que atente contra a democracia, contra os poderes de Estado, contra as instituições. Todos nós, independentemente do posicionamento político e ideológico, temos que nos unir sempre na defesa da democracia”, finalizou o ministro.
Mais Lidas
Política
Últimas Notícias

Rodoviários de Salvador seguem em estado de greve após reunião terminar sem acordo; nova rodada será na quinta
Trabalhadores continuam mobilizados, com a possibilidade de paralisação total dos serviços

Entre vaias e aplausos, Lula diz que governo atende prefeitos sem olhar filiação partidária
Evento reuniu cerca de 12 mil representantes municipais, incluindo prefeitos, vice-prefeitos e secretários de todo o país

Após madrugada de tiroteios, Jerônimo minimiza dados da violência e defende uso de tecnologia na segurança
Com Bahia líder em mortes violentas, governador reage a Atlas e cita ‘queda mensal’ nos crimes

Violência contra jornalistas recua em 2024, mas censura e assédio judicial disparam, aponta Fenaj
Levantamento registrou 144 casos de agressões ao longo de 2024

Bahia inaugura base itinerante para acolher mulheres em risco: veja como vai funcionar
Nova estrutura será lançada durante solenidade em Batalhão da PM de Lauro de Freitas

Ministra da Ciência defende tecnologia como ferramenta para transformação da educação pública no Brasil
Declaração ocorreu nesta terça-feira (20), durante evento que marcou início da implantação de 180 laboratórios maker em escolas da rede estadual

Felipe Freitas diz que ‘Jerônimo é candidatíssimo à reeleição’ e nega volta de Rui Costa à disputa
Secretário Estadual de Justiça rebate rumores sobre possível candidatura do ministro da Casa Civil ao governo em 2026

Jerônimo reage a rumores sobre Rui Costa ao governo em 2026 e cutuca oposição: ‘sem instabilidade’
Alianças em xeque? Governador fala sobre federação entre MDB e Republicanos e manda recado a ACM Neto sobre PP

Grupo ligado à tragédia de 1998 volta a produzir fogos ilegalmente e pode pagar multa de R$ 20 milhões
Operação do MPT-BA flagra esquema clandestino de fogos no Recôncavo baiano e expõe atuação da família Bastos

STF mira núcleo militar da trama golpista e julga grupo acusado de planejar ações de força
Oficiais do Exército e agente da PF são apontados como responsáveis por etapas táticas após derrota do ex-presidente Bolsonaro