Ministros de Lula rebatem vídeo de Nikolas Ferreira e dizem que fraudes no INSS começaram com Bolsonaro
Ministro da AGU, Jorge Messias classificou vídeo do parlamentar como uma tentativa de ‘lacrar’ e questionou as ações de Bolsonaro

Ministros e parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiram ao vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que critica a atuação do Executivo diante das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A gravação, postada na terça-feira (6), ultrapassou 134 milhões de visualizações nesta sexta-feira (9).
No conteúdo, Nikolas acusa o governo Lula de não agir diante do que chama de “maior escândalo da história do Brasil”, e isenta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de denúncias semelhantes em sua gestão. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias; o chefe da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho; e o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias responderam às acusações com publicações nas redes sociais.
A presidente do PT e o ministro da Advocacia-Geral da União evitaram citar o nome de Nikolas, ao contrário de Lindbergh, que usou o próprio vídeo do deputado como pano de fundo para apontar inverdades e lembrar omissões durante o governo Bolsonaro.
Gleisi e Messias citam medidas de Bolsonaro
Gleisi respondeu com tópicos no X (antigo Twitter), alegando que as fraudes começaram sob Bolsonaro, e que foi ele quem sancionou a medida provisória que retirou a obrigatoriedade de revalidação da autorização para descontos, em 2022.
“O momento exige medidas sérias e mudanças profundas, como o governo está fazendo. Exige a busca da verdade, não as mentiras oportunistas de quem não investigou nada e nunca se preocupou em proteger os aposentados”, escreveu a ministra.
Já o ministro Jorge Messias classificou o vídeo como uma tentativa de “lacrar” e questionou as ações de Bolsonaro. “Vi que um deputado fez um vídeo ontem com o objetivo de lacrar e causar terror e pânico na população. É importante que ele questione ao presidente que ele apoiou”, declarou.
CGU e Lindbergh rebatem com vídeos explicativos
O chefe da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, publicou um vídeo em tom informativo. Ele apresentou dados sobre a apuração das fraudes e criticou o uso de desinformação.
“Não é hora de espalhar medo ou mentira. É grave, muito grave, usar mentira ou truques de contexto para enganar o povo”, disse.
O vídeo de Carvalho, divulgado na quinta-feira (8), tinha alcançado 14,2 mil visualizações. Já o de Lindbergh Farias, que intercalou falas de Nikolas com suas contestações, acumulava 147,6 mil visualizações até a sexta.
“Bolsonaro perdeu, mas os tentáculos do bolsonarismo continuaram infiltrados no Estado, fazendo estrago, destruindo as instituições e roubando os aposentados”, afirmou o deputado do PT, ao criticar a ausência de investigação durante o governo anterior.
Fraudes começaram antes do governo Lula
Segundo a CGU, os descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas começaram em 2016. O problema foi identificado em 2018 e se agravou em 2023, já na gestão atual, quando a investigação foi ampliada.
O governo Lula atribui à sua administração a articulação das medidas de contenção e a intensificação da fiscalização sobre convênios com entidades privadas que aplicavam os descontos sem autorização.
Nikolas cobra CPI e critica governo Lula
Nikolas Ferreira voltou a usar a estratégia de vídeos explicativos, como no caso do Pix, para atacar o governo Lula. No novo conteúdo, publicado nesta semana, o deputado convoca seus seguidores a pressionarem os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pedindo a criação de uma CPI sobre os desvios no INSS.
Durante o vídeo, Nikolas sugeriu que o governo federal deveria devolver os valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas com recursos públicos. Segundo ele, “as vítimas vão ressarcir o prejuízo das vítimas”, frase que gerou ampla repercussão nas redes. Até o momento, o governo não apresentou um plano oficial de ressarcimento.
O deputado também relacionou o aumento nos descontos associativos — nem todos irregulares — ao fim de medidas criadas na gestão Bolsonaro. Segundo Nikolas, o salto nos números em 2023 estaria ligado à revogação de mecanismos de controle anteriores, associando diretamente os problemas à nova administração.
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