A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recorreu, nesta última terça-feira (29), ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que reavalie a negativa à queixa-crime movida contra a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Ela acusa a parlamentar de calúnia e difamação por insinuar, em uma publicação, que a ex-primeira-dama “sumiu” com o cachorro de outra família.

A decisão inicial foi do ministro Luiz Fux, que, seguindo o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), entendeu que Erika Hilton estava protegida pela imunidade parlamentar. O comentário da deputada surgiu em março, quando Michelle foi homenageada como cidadã honorária de São Paulo.

Na ocasião, Erika criticou a homenagem, mencionando o episódio de 2020, no qual Michelle adotou temporariamente um cachorro encontrado no Palácio do Planalto, que depois foi devolvido ao verdadeiro dono. A defesa da ex-primeira-dama afirma que o caso foi esclarecido e que a deputada usou o episódio para insinuar má-fé.

Fux, porém, argumentou que a manifestação de Erika Hilton tinha caráter político, adequado ao seu papel de parlamentar e opositora ao prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB-SP), responsável pela homenagem. A defesa da ex-primeira-dama pede a reconsideração da decisão ou o encaminhamento do tema para análise da Primeira Turma do STF.