Mesmo com racha, ‘objetivo da direita é derrotar Boulos em SP’, diz Ciro Nogueira

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou na manhã desta quarta-feira (9), durante uma entrevista, que, apesar das divisões em algumas áreas, o principal objetivo da direita é derrotar o candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), no segundo turno das eleições.

“O nosso grande foco é derrotar o Boulos. Tenho certeza de que ninguém da direita vai preferir o Boulos ao Ricardo (Nunes, do MDB, candidato à reeleição). Então isso vai nos unir”, declarou Nogueira, enfatizando que uma vitória do psolista seria uma “tragédia” tanto para a capital paulista quanto para o Brasil, em uma alusão ao fortalecimento que a esquerda poderia alcançar com essa eleição.

O senador também comentou sobre a postura de Ricardo Nunes em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), destacando que Nunes se posiciona mais como um “aliado” do que um bolsonarista. “O Nunes não assumiu ser bolsonarista. Ele não é bolsonarista, assim como eu também não sou”, afirmou Nogueira.

No primeiro turno, realizado no domingo (6), a disputa foi acirrada, com Nunes e Boulos obtendo a mesma porcentagem de votos válidos: 29%. No entanto, Nunes ficou à frente com 29,48% contra 29,07% de Boulos, totalizando uma diferença de apenas 25 mil votos entre os candidatos. A proximidade dos resultados evidencia a polarização da corrida eleitoral em São Paulo, que promete ser intensa no segundo turno.

Derrota do PT

O senador afirmou, ainda, que o 1º turno das eleições foi uma “derrota histórica do PT” e vitória do centro e da direita brasileira. O PP elegeu 748 prefeitos, a 3ª sigla com mais comandantes municipais. Ficou atrás de PSD e MDB, com 882 e 856, respectivamente. O PT elegeu só 46 prefeitos.

“Foi prometido na campanha de 2022 picanha, cerveja, as pessoas viajando de avião, ou seja, melhorando de vida, mas não está acontecendo isso. As pessoas não estão piorando, mas o Brasil não está melhorando, e isso graças a economia que não deixou o Brasil afundar, mas se dependesse da gestão econômica, o Brasil teria sérios problemas”, disse.

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