Marta Rodrigues critica licitação da orla de Salvador
Vereadora também questionou a falta de participação popular no processo, apontando que a consulta pública foi limitada

A vereadora Marta Rodrigues (PT) criticou duramente o edital de licitação relacionado à orla de Salvador, que prevê a concessão de 34 quiosques e 70 tendas a uma única empresa por 30 anos. Segundo a parlamentar, a medida comprometerá o futuro das praias e das comunidades locais. “O prefeito vai entregar de mão beijada 3,5 km de praias a uma empresa, sem transparência”, disparou.
Marta também denunciou o desmatamento da vegetação nativa e a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência nas novas reformas da orla. De acordo com vídeos do movimento SOS Buracão, praia do bairro do Rio Vermelho, áreas de restinga foram concretadas e a vegetação nativa foi destruída. A vereadora destacou que, apesar da crise climática, a prefeitura continua avançando com a urbanização.
Marta Rodrigues também questionou a falta de participação popular no processo, apontando que a consulta pública foi limitada e obteve apenas 44 respostas de quase três milhões de habitantes de Salvador. “A consulta foi uma cortina de fumaça”, disse.
Marta também lamentou a ausência de audiências públicas, fundamental para discutir o futuro da orla, que, segundo ela, deveria beneficiar os trabalhadores locais, e não gerar lucros para uma só empresa.
Além disso, Marta Rodrigues criticou o excesso de concreto no projeto da reforma da orla, que, na opinião dela, deveria priorizar as áreas verdes e a preservação ambiental. “Não sabemos de nenhuma contrapartida ou benefício real para a população”, afirmou.
O edital de licitação ficará aberto até dia 22 de janeiro, e a vereadora segue cobrando mais clareza e transparência da gestão municipal sobre o futuro.
Falta de transparência na licitação da orla de Salvador
Marta Rodrigues também se mostrou preocupada com a falta de transparência no processo licitatório, que não explicou de forma clara os critérios de escolha da empresa vencedora.
“A quem o prefeito quer beneficiar? É uma crueldade com quem sobreviveu anos da praia e esperou tanto por essa reforma. […] A orla de Salvador vai ficar 30 anos com uma única empresa, a troco de que e dialogado com quem? Não sabemos de nenhuma contrapartida”, afirmou Marta.
Em relação ao impacto ambiental, a vereadora ressaltou a importância de respeitar a natureza ao longo da orla, lembrando que os florestas nativas e as restingas são essenciais para a proteção ambiental e para a manutenção do ecossistema local. “Imagens de drone mostram como é um mar de concreto. Não é a toa que ambientalistas de toda a cidade tecem críticas ao resultado. Para quem o prefeito está querendo dar nossa orla?”, questionou.
Expectativa por mudanças
Marta Rodrigues reforçou que a população de Salvador tem o direito de ser ouvida em decisões tão importantes para o futuro da cidade. Ela espera que, até o fechamento do edital, a prefeitura reconsidere sua postura e promova um debate mais amplo sobre o projeto da orla, com a participação efetiva de todos os segmentos da sociedade, incluindo trabalhadores e ambientalistas.
A vereadora anunciou que continuará acompanhando de perto o processo e cobrará, por meio de sua atuação política, as mudanças necessárias para que a reforma da orla seja realmente incluída na pauta dos debates da cidade.
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