Lula lamenta e diz que foi ‘criado no imaginário’ que Petrobras só tinha ‘ladrão’
Petista também voltou a criticar o ex-juiz e atual senador Sergio Moro, bem como os procuradores da operação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se emocionou, nesta quinta-feira (15), durante uma cerimônia na planta da Petrobras no Paraná, perto do local onde ficou detido por 580 dias devido a processos relacionados à Lava Jato. Na ocasião, o petista criticou novamente o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil), bem como os procuradores da operação. Ele também mencionou que, no passado, os funcionários da estatal eram rotulados como ladrões.
Além disso, Lula expressou sua gratidão aos militantes que mantiveram uma vigília em frente à carceragem da Polícia Federal em Curitiba durante o período em que esteve preso.
“Eu ouvia da cela em que eu estava todo santo dia o pessoal cantar, cantar parabéns, comemorar aniversário. E aquilo marcou a minha vida começa a chorar”, disse o presidente. “Vocês não têm dimensão do orgulho que eu estou de estar começa a chorar, de estar vestindo essa camisa da Petrobras. Muitas vezes eu ficava deprimido e chorava quando eu ficava sabendo de notícia de que companheiros trabalhadores da Petrobras entravam em um restaurante para comer, ou entrava no bar, e muitas vezes eram chamados de ladrão”, complementou.
Durante sua vigência, a Lava Jato focou principalmente em esquemas de corrupção na Petrobras, o que motivou a menção de Lula. Embora o petista tenha tido seus processos anulados, alguns dos envolvidos na operação confessaram irregularidades e restituíram recursos.
“Conseguiram criar no imaginário daqueles que não gostam de nós a ideia de que todo mundo na Petrobras era ladrão, inclusive aqueles que eram responsáveis pela grandiosidade da Petrobras, que eram seus trabalhadores”, afirmou o presidente.
Lula reabre fábrica de fertilizantes e refinaria da Petrobras
Na manhã de hoje, Lula esteve visitando a fábrica de fertilizantes e a refinaria da Petrobras em Araucária (PR). Na ocasião, o petista declarou que retornou à presidência para recuperar tanto a estatal quanto a fábrica de fertilizantes, além de revitalizar a capacidade do Brasil de construir embarcações.
A planta da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados da Petrobras estava inativa desde 2020. O local receberá investimentos de 870 milhões de reais para retomar suas operações no segundo semestre de 2025.
O presidente afirmou que aqueles que cometeram crimes devem ser punidos, mas destacou que não se deve destruir uma empresa. Sem mencionar nomes, ele criticou a Lava Jato, chamando-a de “comandada” por um “juiz insignificante”, referindo-se a Sergio Moro, e descreveu os procuradores da operação como uma “quadrilha”.
“A Petrobras jamais vai acabar, porque quando não tiver petróleo embaixo da terra, no fundo do oceano, ela vai ter que se especializar em outro tipo de energia”, declarou Lula. Ele disse ainda que seguirá investindo na estatal. “A Petrobras é tão importante que eu sempre disse que deveria ter eleição direta para presidente da Petrobras, e o presidente do Brasil ser indicado pela direção da Petrobras”, apontou.
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