O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou novos exames de imagem nesta sexta-feira (25) após um acidente doméstico ocorrido no último sábado (19). Durante a queda no banheiro do Palácio da Alvorada, Lula bateu a nuca e precisou levar cinco pontos. O protocolo médico exigiu a repetição dos exames realizados inicialmente no mesmo dia do incidente.

O boletim médico informa que “o exame está estável em relação aos anteriores. Está apto para exercer sua rotina de trabalho em Brasília. Uma nova avaliação ocorrerá em cinco dias.” Lula permanece sob a supervisão da equipe médica liderada pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e pela Dra. Ana Helena Germoglio.

Apesar da estabilidade, o presidente ainda não recebeu autorização para retomar as viagens programadas, incluindo uma votação em São Bernardo do Campo (SP) e a participação na COP da Biodiversidade, que ocorrerá em Cali, na Colômbia, na próxima terça-feira (29).

Desde o acidente, Lula trabalhou remotamente do Alvorada e participou por videoconferência da reunião de cúpula do Brics na Rússia, que teve sua viagem cancelada em função da queda. Nesta sexta-feira, o presidente retornou ao Palácio do Planalto para a assinatura de um acordo que visa reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que resultou na morte de 19 pessoas e poluição do Rio Doce em 2015.

O acordo foi negociado no Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), envolvendo as mineradoras Vale, Samarco e BHP, além dos governos federal e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A cerimônia representa um momento significativo na busca por reparação das consequências da tragédia.

Após a queda, Lula apresentou uma pequena hemorragia, sendo necessária a realização de ressonâncias magnéticas no Hospital Sírio-Libanês para monitorar a situação e identificar eventuais sangramentos. O médico responsável, Roberto Kalil Filho, enfatizou a importância de manter o acompanhamento devido aos riscos associados a lesões na cabeça.

Lula caracterizou o acidente como “grave”, mas afirmou que não atingiu a parte mais sensível do cérebro. Em uma conversa divulgada nas redes sociais, o presidente expressou sua preocupação: “Eu estou cuidando, porque qualquer coisa na cabeça é muito forte. Os médicos dizem que eu tenho que esperar pelo menos uns três, quatro dias para eles saberem qual foi o estrago que fez a batida.”