Lula e Sarney celebram 40 anos da redemocratização e alertam sobre ameaças autoritárias
Presidente e ex-presidente destacam importância da democracia e avanços conquistados ao longo das últimas décadas

O Brasil celebrou, neste sábado (15), os 40 anos da redemocratização, marco importante na história do país, que ocorreu com a posse do primeiro presidente civil após o fim da ditadura militar em 1985. Para marcar a data, o atual presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva (PT), e o ex-presidente José Sarney celebraram o dia, com um alerta sobre a importância da democracia e as ameaças de retrocessos autoritários, reforçando o compromisso em defender os avanços conquistados.
Lula comemora 40 anos de democracia e faz alerta
Em uma publicação nas redes sociais, Lula comemorou a data e lembrou a importância do 15 de março de 1985, data em que José Sarney assumiu a presidência, encerrando 21 anos de regime militar no Brasil. Ele era vice do presidente mineiro Tancredo Neves e assumiu o comando do país após a morte do político mineiro, em 21 de abril de 1985, por verticulite.
Lula destacou o papel crucial de Sarney, que, apesar da constante ameaça de grupos saudosistas da ditadura, conduziu o país para a criação da Constituição Cidadã de 1988.
“Mais que a posse de um presidente da República, o 15 de março de 1985 será lembrado como o dia em que o Brasil marcou o reencontro com a democracia. O presidente José Sarney governou sob a constante ameaça dos saudosos da ditadura, mas com extraordinária habilidade e compromisso político, criou as condições para que escrevêssemos a Constituição Cidadã de 1988 e mudássemos a história do Brasil”, escreveu o presidente.
Lula também afirmou que, durante os 40 anos de democracia, o Brasil enfrentou desafios, mas também conquistou avanços significativos em áreas como inclusão social, combate à fome e desigualdade, geração de empregos e melhoria da qualidade de vida das famílias.
“O Brasil é hoje o país que cresce com inclusão social, que combate a fome e as desigualdades, que gera empregos, aumenta a renda e melhora a qualidade de vida das famílias. Que cuida de todos, com um olhar especial para quem mais precisa. Sem a democracia, nada disso seria possível. Por isso, é preciso defendê-la todos os dias daqueles que, ainda hoje, planejam a volta do autoritarismo”, declarou.
José Sarney destaca força da democracia
Durante evento em memória aos 40 anos do fim da ditadura, ocorrido em Brasília, o ex-presidente José Sarney, que foi o primeiro presidente do país após a redemocratização, ressaltou a força das instituições democráticas brasileiras para enfrentar “acontecimentos danosos” ao país, em referência aos recentes acontecimentos enfrentados pela democracia brasileira.
Sarney afirmou que essas ações danosas foram repugnadas pela população e pelas diferentes classes sociais. O ex-presidente lembrou ainda que a democracia brasileira enfrentou momentos críticos, como os processos de impeachment de Fernando Collor e Dilma Rousseff, além dos atos de 8 de janeiro de 2023 e da tentativa de golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais aliados. Para ele, esses eventos reafirmaram a solidez das instituições e o compromisso da sociedade com a liberdade.
“Acho que esses acontecimentos [tentativa de golpe e atos de 8 de janeiro de 2023] foram extremamente danosos, mas, ao mesmo tempo, repugnados pelo povo brasileiro e por todas as classes”, destacou Sarney.
Sarney contou ainda que não há uma crise democrática no Brasil, mas que “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. “Estamos com as instituições muito fortes, as Forças Armadas, o poder civil, o Congresso, os tribunais e a sociedade funcionando livremente. Um clima de absoluta liberdade, que conquistamos, o povo brasileiro, através da transição democrática [na década de 1980]”, declarou.
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