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Lula decide devolver relógio de ouro à União após decisão do TCU

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Mesmo com autorização para manter o presente recebido em 2005, o presidente opta por devolver o item à União

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na quinta-feira (8), durante uma reunião com ministros, que devolverá à União o relógio de ouro da marca Cartier que ganhou em 2005 da França, durante seu primeiro mandato. A informação foi divulgada pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

A decisão de Lula ocorre em resposta à determinação da maioria dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), que, na quarta-feira (7), havia decidido que o presidente poderia permanecer com o relógio, avaliado em aproximadamente R$ 60 mil.

Segundo a coluna, Lula expressou insatisfação com a decisão da Corte, especialmente ao considerar que ela poderia abrir um precedente favorável ao ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas.

Durante a reunião, Lula afirmou que entrou em contato com o presidente do TCU, Bruno Dantas, para manifestar sua discordância e informar que pretende entregar o relógio pessoalmente à Corte de Contas.

Além disso, Lula declarou que a Advocacia-Geral da União (AGU) deverá recorrer da decisão do TCU. A AGU sustenta que os casos de Lula e Bolsonaro são diferentes, uma vez que, em 2005, quando Lula recebeu o presente, não existia a regra do TCU que exige a devolução de presentes de alto valor por ex-presidentes. Essa regra foi estabelecida apenas em 2016, enquanto Bolsonaro recebeu as joias após assumir a presidência em 2019, o que o obriga a devolvê-las.

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Reprodução/Agência Brasil