Lula critica pesquisas eleitorais e volta a defender regulação de ‘imprensa digital’
Presidente falou sobre falta de normas para o ambiente digital e afirmou que Congresso e STF devem assumir responsabilidade pelo debate

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender, nesta quinta-feira (6), a regulação do que chamou de “imprensa digital”, ao mesmo tempo em que relativizou as recentes pesquisas de intenção de voto. Em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, Lula criticou a falta de normas para o ambiente digital e afirmou que o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) devem assumir a responsabilidade pelo debate.
Defesa da regulação digital
Sem detalhar se o termo “imprensa digital” refere-se a sites jornalísticos ou redes sociais como X (antigo Twitter) e Facebook, o presidente defendeu a criação de regras específicas para coibir abusos online. “Nós precisamos regular essa chamada imprensa digital. Não é possível que, em uma imprensa escrita, o cidadão fale uma bobagem e seja punido. No digital, não tem lei. Os caras acham que podem fazer o que quiser, xingar, provocar, incentivar morte, promiscuidade. E não tem nada para punir”, afirmou.
Lula disse ainda que a liberdade de expressão não pode ser usada para a disseminação de mentiras e ataques. “Nosso Congresso tem responsabilidade e vai ter que colocar isso para regular. Se não for o caso, a Suprema Corte vai ter que regular. É preciso moralizar. Todo mundo tem direito à liberdade de expressão, mas isso não significa utilizar meios de comunicação para canalhices, para mentir todo santo dia. Isso bagunça a economia, o varejo. É preciso que haja seriedade. Defendo a regulação com a participação da sociedade, porque ninguém quer proibir a liberdade de expressão. Quanto mais liberdade, mais responsabilidade”.
Embora as redes sociais já sejam passíveis de punição, como ocorreu nas eleições de 2022, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a remoção de posts considerados desinformativos, Lula reforçou a necessidade de uma regulação mais ampla.
Críticas às pesquisas eleitorais
O presidente também comentou as recentes pesquisas de intenção de voto, que apontam sua liderança em diversos cenários, mas disse que esses levantamentos não devem ser levados “tão a sério” neste momento. “Temos de dar tempo ao tempo. Pesquisa começa a fazer efeito quando a campanha começa, as pessoas vão para a rua, fazem debate. O resto é estatística que a gente tem que respeitar, mas a gente não pode levar tão a sério, nem quando ganha, nem quando perde”, afirmou.
Lula também reforçou que “ninguém é candidato com tanto tempo de antecedência” e que o eleitor decide com base na capacidade do postulante de governar. “As pessoas têm seu grau de participação e influência, mas na hora de votar para governar o País, o povo não é bobo e vota em quem sabe que vai cuidar dos interesses dela”, declarou.
Reprovação ao Governo Lula
As declarações do presidente ocorrem após uma pesquisa do instituto PoderData apontar, no último dia 29 de janeiro, uma queda significativa na popularidade do presidente Lula. O levantamento revelou que 51% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto 42% a aprovam. Os dados indicam um recuo de três pontos percentuais na aprovação em relação à última pesquisa, realizada em dezembro de 2024, quando o percentual de apoio era de 45%.
A rejeição ao governo também cresceu três pontos, subindo de 48% para 51%. Em janeiro do ano passado, a aprovação de Lula era de 49%, enquanto a reprovação se situava em 42%, demonstrando uma inversão nos índices ao longo do tempo.
Combate ao negacionismo
O presidente também voltou a criticar o negacionismo, afirmando que o governo precisará trabalhar “muito” para combater a desinformação. “Como estamos em uma fase de negacionismo, onde negar é mais importante que afirmar as coisas boas que podem acontecer, a gente vai ter que trabalhar muito”, disse. Ele acrescentou que, se depender dele, “o negacionismo nunca volta a governar este País”, concluiu.
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