Lindbergh e Gilvan da Federal trocam ofensas e causam tumulto em audiência com Lewandowski
Parlamentares trocaram ofensas e precisaram ser contidos por colegas durante reunião da Comissão de Segurança Pública na Câmara dos Deputados

Uma discussão entre os deputados federais Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gilvan da Federal (PL-ES) causou tumulto, na manhã desta terça-feira (29), durante audiência da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O desentendimento exigiu a intervenção de colegas parlamentares e, posteriormente, de policiais legislativos para que a sessão fosse retomada.
Críticas ao governo Lula iniciaram confusão
Durante o tempo reservado ao seu pronunciamento como líder do PL, Gilvan da Federal utilizou a palavra para criticar duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar questionou a legitimidade da atual gestão e fez referências ao histórico judicial do presidente, o que causou forte reação no plenário.
“O senhor tem ciência de que participa de um governo corrupto? Um governo que saqueou a Petrobras, que saqueou os Correios, os fundos de pensões… Os maiores escândalos de corrupção do País se encontrou no governo do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Uma vergonha pessoas que se dizem honestas participando de um governo do qual esse descondenado deveria estar preso pagando pelos seus crimes”, afirmou Gilvan.
Lindbergh Farias respondeu com questão de ordem
Diante das declarações de Gilvan, Lindbergh Farias solicitou o uso da palavra para apresentar uma questão de ordem, com base no inciso 12 do artigo 73 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Esse trecho do regimento determina que nenhum parlamentar pode se referir de forma descortês ou injuriosa a autoridades dos Três Poderes da República, instituições nacionais ou chefes de Estado com os quais o Brasil mantenha relações diplomáticas.
“Esse sujeito é um desqualificado. Pediu a morte do presidente…”, disse Lindbergh, enquanto Gilvan se levantava e caminhava em sua direção. O clima ficou tenso e outros deputados precisaram intervir imediatamente para conter os ânimos antes que houvesse contato físico entre os parlamentares.
Declaração anterior de Gilvan foi lembrada
O episódio remete a um fato ocorrido no início do mês. Em 8 de abril, durante sessão da mesma comissão, Gilvan da Federal afirmou que deseja que o presidente Lula “morra”, ao defender um projeto relatado por ele que propõe o desarmamento da guarda presidencial. No dia seguinte, 9 de abril, ele pediu desculpas à comissão e reconheceu o excesso no tom da declaração.
“Exagerei na fala. Devo reconhecer os meus erros”, declarou Gilvan na ocasião, após a repercussão negativa de sua fala. O contexto foi trazido por Lindbergh para reforçar a necessidade de limites no debate parlamentar.
Policiais legislativos foram acionados para garantir a ordem
A situação exigiu a presença dos policiais legislativos, chamados pelo presidente da Comissão de Segurança Pública, Paulo Bilynskyj (PL-SP), que pediu o apoio da segurança institucional da Câmara para conter a discussão.
“A esquerda vai tentar fazer a baderna para cancelar a reunião e dificultar o nosso trabalho. Peço a paciência dos senhores, todo mundo aqui é polícia, tem experiência, sabe lidar…”, afirmou Bilynskyj, ao retomar o controle da sessão.
Audiência com Lewandowski seguiu após a intervenção
A audiência pública, que tinha como objetivo ouvir o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre temas relacionados à segurança pública no país, foi retomada após a intervenção dos seguranças da Câmara. Apesar da tensão inicial, a comissão conseguiu dar continuidade aos trabalhos previstos na pauta do dia.
Veja vídeo do momento da discussão entre os parlamentares:
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