Jerônimo Rodrigues recua sobre restrição de candidatos no novo secretariado
Questionado sobre futuro do vice Geraldo Jr, Rodrigues foi cauteloso para falar sobre chapa em 2026
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), recuou em sua decisão de excluir futuros candidatos às eleições de 2026 de cargos no secretariado estadual. A medida inicial havia causado desconforto entre partidos aliados, que não foram consultados previamente. Em entrevista ao Portal M!, na manhã desta segunda-feira (9), o governador esclareceu que a restrição será aplicada apenas aos novos indicados para o governo, enquanto os atuais secretários terão um prazo definido para se descompatibilizar.
“Eu falei que os novos nomes [no governo] não aceitaremos que sejam candidatos. Os que estão [atualmente] terão um prazo para se descompatibilizar. 2025 já está na porta. Na hora correta eu direi qual será o limite de cada um ficar no governo”, declarou o governador durante a entrega do novo Complexo Policial do Ogunjá, em Salvador.
Novo secretariado: diálogo para manter governabilidade e evitar atritos
A decisão de Jerônimo foi vista como uma tentativa de preservar a unidade entre os partidos aliados e evitar atritos internos, principalmente em um ano que promete ser politicamente desafiador. Ele afirmou que continuará discutindo o tema com as lideranças políticas e solicitou que os partidos levem essa diretriz em consideração ao indicarem novos nomes para compor sua equipe.
“Vou pedir aos partidos que, ao indicarem novos nomes, que não sejam candidatos, para não ser confundido com a ação de fortalecimento de um candidato em detrimento de outro”, explicou.
Essa mudança de postura mostra que o governo baiano está disposto a ajustar suas decisões para manter a estabilidade e garantir que a gestão siga focada nas entregas prometidas à população. A base aliada é um elemento estratégico na governabilidade de Rodrigues, especialmente com as eleições municipais recentes e a proximidade do pleito estadual de 2026.
Futuro de Geraldo Jr. ainda indefinido para 2026
Uma das questões mais comentadas nos bastidores políticos é a permanência do vice-governador Geraldo Jr (MDB) na chapa nas eleições em 2026. Apesar de sua derrota à Prefeitura de Salvador, quando ficou em apenas em 3º lugar, o ex-presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS) ainda é visto como uma figura de peso político e um possível trunfo para fortalecer a base do governo.
Questionado sobre o futuro de Geraldo Jr, Rodrigues foi cauteloso e novamente evitou declarações conclusivas. Segundo ele, as negociações estão em andamento e várias reuniões com lideranças políticas e prefeitos eleitos estão ocorrendo para definir os próximos passos.
“Estamos com ele, com os partidos, com o conselho político, discutindo primeiro. Agora, ao sair daqui, eu vou me reunir com os prefeitos eleitos pelo PV. À tarde, eu terei o encontro com os prefeitos eleitos pelo PCdoB. Já fizemos com o Avante, PSB e MDB. Estamos nessa fase de fazer acolhimento dos prefeitos eleitos”, pontuou o governador.
Essa estratégia de diálogo reforça o compromisso do governador com uma gestão baseada na construção coletiva e no fortalecimento das alianças políticas. As tratativas envolvem desde lideranças estaduais até prefeitos recém-eleitos, com o objetivo de consolidar uma base sólida para sustentar a governabilidade até as eleições de 2026.
Reforma administrativa atrelada ao cenário nacional
Além das decisões sobre o secretariado e a base política, Jerônimo Rodrigues revelou que uma possível reforma administrativa no governo estadual dependerá das definições políticas nacionais. O governador destacou que a relação com o governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será determinante para desenhar o futuro de sua gestão e das coligações políticas no Estado.
“Vamos depender inclusive do cenário nacional, como é que Lula vai desenhar o arcabouço dos partidos que vão acompanhá-los, para a gente poder, naturalmente, puxar uma chapa competitiva”, afirmou o governador, indicando que os desdobramentos em Brasília podem influenciar diretamente a composição de sua equipe na Bahia.
A expectativa é que a reorganização administrativa ocorra após as reuniões políticas e a definição de estratégias nacionais. Isso permitirá que o governo baiano atue de maneira alinhada às diretrizes estabelecidas pelo presidente Lula, fortalecendo ainda mais a aliança entre os governos estadual e federal.
Secretariado: equilíbrio entre gestão e articulação política
Ainda em entrevista ao Portal M!, Jerônimo Rodrigues disse que está disposto a reavaliar suas decisões para assegurar um governo mais equilibrado e funcional, sem perder o foco nas prioridades administrativas. A combinação entre gestão pública e articulação política será crucial para manter a estabilidade em um cenário político que se mostra cada vez mais dinâmico.
A decisão de flexibilizar a exclusão de candidatos e de manter o diálogo com partidos aliados indica que o governo baiano busca equilíbrio nas indicações. Com isso, Rodrigues pretende evitar crises internas e fortalecer sua base de apoio para consolidar sua liderança no Estado até as eleições de 2026.
Com um cenário político em constante transformação, o governador da Bahia segue apostando em uma gestão transparente, com foco na construção de alianças estratégicas e na manutenção de uma base sólida que permita implementar políticas públicas eficazes. Dessa forma, espera garantir governabilidade e eficiência administrativa, mesmo diante das disputas eleitorais que se aproximam.
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