O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), recebeu, nesta terça-feira (27), a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco, maior honraria concedida pelo Estado brasileiro. A cerimônia foi realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília, e conduzida pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), com presença de autoridades dos Três Poderes e representantes do corpo diplomático.

A comenda, outorgada pelo Ministério das Relações Exteriores, reconhece pessoas e instituições que tenham prestado serviços relevantes ao Brasil. Jerônimo classificou o prêmio como uma conquista coletiva e destacou seu simbolismo para a Bahia.

“Receber a medalha da Ordem de Rio Branco é uma honra que compartilho com o povo baiano e que reforça nosso compromisso com o diálogo, a democracia e a justiça social”, afirmou.

Conexão internacional e valorização da Bahia

Durante a cerimônia, o governador ressaltou o papel da Bahia no cenário global e a importância do reconhecimento. “Levo essa honraria como símbolo do que podemos alcançar quando a Bahia se conecta com o mundo com competência e propósito”, declarou. Ele esteve acompanhado da primeira-dama, Tatiana Velloso, e agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao vice-presidente Geraldo Alckmin pela homenagem.

Jerônimo também afirmou que o prêmio reconhece o esforço por uma gestão pautada em inclusão e desenvolvimento. “Esse é um reconhecimento que divido com todos que constroem, ao meu lado, uma Bahia mais forte. Seguimos fazendo do nosso estado uma referência de dignidade, desenvolvimento e inclusão”, disse.

A Ordem de Rio Branco foi criada em 1963, durante o governo de João Goulart, em homenagem ao Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira. A distinção é uma das mais prestigiadas da política externa nacional e tem o presidente da República como Grão-Mestre. Receber a Grã-Cruz representa um reconhecimento institucional de alta relevância no campo diplomático e governamental.

Jerônimo nega crise no PT-PSD

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), buscou conter, nesta segunda-feira (26), os rumores de tensão interna na base aliada após as declarações de Rui Costa (PT) e Jaques Wagner (PT) sobre suas pré-candidaturas ao Senado em 2026.

As falas dos dois petistas, no entanto, colocam em xeque a permanência do senador Angelo Coronel (PSD) na chapa majoritária. Para Jerônimo, não há disputa. Segundo ele, a fala de Rui foi apenas uma “oferta” ao grupo, e Wagner, como atual senador, apenas se colocou à disposição para continuar.

“Wagner, como ele é o atual senador, se colocou à disposição para dar continuidade. O Rui Costa, ele falou em um tom de assim ‘eu ofereço o meu nome para que o grupo possa, na unidade, fazer o desejo do Senado’. Isso está muito claro para a gente”, disse Jerônimo.

Durante inauguração no Hospital Ana Nery, o governador tratou de minimizar os efeitos de uma possível chapa “puro sangue”, formada apenas por petistas, e disse que os boatos de racha são alimentados para enfraquecer a coalizão. Jerônimo também tentou dissipar as especulações sobre uma candidatura de Rui ao Executivo estadual.

“Rui Costa traduziu que ele nunca havia falado que era candidato ao governo do Estado. Nunca. Botaram essas palavras na matéria como ele sendo o dono das aspas”, criticou o petista.