Jerônimo reage a rumores sobre Rui Costa ao governo em 2026 e cutuca oposição: ‘sem instabilidade’
Alianças em xeque? Governador fala sobre federação entre MDB e Republicanos e manda recado a ACM Neto sobre PP

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), voltou a negar que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), será candidato ao Palácio de Ondina nas eleições de 2026. A declaração foi dada, na manhã desta terça-feira (20), ao Portal M! durante a inauguração do laboratório maker do Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação da Bahia (Ceeinfor) Mãe Stella, no bairro do Cabula, em Salvador.
A negativa ocorre após nova rodada de especulações publicada pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, que aponta Rui como possível nome para disputar novamente o governo baiano. Segundo o colunista, o ministro, que já manifestou interesse em concorrer ao Senado, seria uma alternativa caso Jerônimo não consiga manter viabilidade eleitoral até o próximo pleito.
Apenas rumores
Sem citar diretamente a publicação ou o jornalista, Jerônimo rebateu os rumores e afirmou que a base governista permanece coesa. Segundo ele, “não há instabilidade”.
“Nosso grupo está muito unido. Nós estamos trabalhando sempre, sempre. O nosso foco é a situação das chuvas, a seca que está acontecendo, fazer a ponte acontecer. A gente não vai tirar o foco”.
Para o governador, as notícias que sugerem um possível retorno de Rui à política estadual fazem parte de uma tentativa de enfraquecer o ministro e criar divisões dentro do grupo político que governa a Bahia desde 2007. Segundo o governador, a oposição pode estar por trás dos discursos, numa tentativa de conturbar o grupo político.
Apesar de afastar a possibilidade de Rui disputar novamente o governo, o discurso do governador também reforça a influência do ex-gestor na gestão atual e reconhece seu peso político, especialmente na interlocução com Brasília. Jerônimo destacou a atuação de Rui Costa como articulador de projetos importantes para o Estado, como o VLT do Subúrbio e a ponte Salvador-Itaparica. Conforme o petista, “foi graças ao apoio do ministro que o governo baiano conseguiu destravar recursos e avançar nas negociações com o governo federal e investidores estrangeiros“.
Federação entre MDB e Republicanos
Durante o evento, Jerônimo também foi provocado pelo Portal M! a comentar recentes declarações do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), que afirmou que irá barrar parlamentares da federação União Progressista (União Brasil + PP) que se alinhem ao governo petista na Bahia. Sem mencionar o adversário diretamente, o governador optou por uma resposta mais institucional, mas não deixou de marcar posição.
“Não ouvi o pronunciamento do ex-prefeito, mas sei que política se faz se somando. Dialogaremos com todos os deputados que tiverem interesse de construir uma pauta de responsabilidade com a Bahia”.
Jerônimo também comentou sobre a formação de uma nova federação partidária entre o MDB e o Republicanos — legendas que, atualmente, estão em lados opostos na política baiana. Enquanto o MDB integra a base do governo estadual, o Republicanos atua na oposição. Caso a federação se concretize nacionalmente, será necessário um realinhamento local que pode gerar tensões.
“Os dois partidos estão tratando disso. O governador não vai interferir nesse processo. O que posso garantir é que, quando essa decisão chegar à Bahia, vamos sentar e avaliar”, afirmou.
O governador, que possui como vice o emedebista Geraldo Jr, também revelou que tem mantido diálogo com lideranças dos dois partidos, incluindo o ministro Renan Filho, do MDB, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que voltou a participar das articulações internas da legenda. O objetivo, segundo o petista, é garantir que eventuais mudanças na estrutura nacional não comprometam os acordos regionais já firmados.
Para Jerônimo, a fidelidade com o MDB tem sido construída passo-a-passo, não deseja que haja prejuízos para prefeitos e lideranças locais. Conforme o governador, “se o Republicanos quiser somar, irá sentar e dialogar com responsabilidade”.
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