Jerônimo afirma que Bolsa Família “não pode atrapalhar o desenvolvimento das pessoas”

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que programa Bolsa Família não deve ser permanente na vida das pessoas. Durante o lançament do programa de capacitação profissional Manuel Querino, ele destacou a iniciativa do presidente Lula em oferecer um valor significativo para quem tem baixa renda. Por outro lado, o governador frisou que essa medida “não pode atrapalhar o desenvolvimento das pessoas”.

“Se a pessoa conseguir um emprego, vai trabalhar e vai entregar a bolsa para outro que precisa. O Bolsa Família ajuda a gente a exigir que a família, para participar programa, precisa colocar o filho na escola antes. Então, eu forço a barra para que haja educação. Para você estar no Bolsa Família, o seu filho tem que fazer exames, tomar vacina. Portanto, não é só o dinheiro isolado. É o dinheiro que satisfaz a necessidade humana, mas tem um conjunto de programas aliados a isso” ressaltou Jerônimo.

Transição ao mercado de trabalho

Ao lado do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o gestor estadual lançou um programa de qualificação, com um investimento de quase R$ 27 milhões. Nesse sentido, o governador ratificou a ideia de desenvolver os integrantes do Bolsa Família ao mercado de trabalho.

“Toma o seu curso, tem emprego para você, larga do bolso e vai para o seu emprego. Nós, inclusive, reivindicamos tanto ao ministro Wellington Dias, quanto ao ministro Rui Costa, de que o cidadão não pode entrar [no Bolsa Família] de carteira assinada na bolsa”, iniciou.

Segundo Jerônimo, as pessoas podem se acomodar com a bolsa e isso não é a proposta do programa. Para ele, objetivo é gerar renda para as famílias que precisam, seguindo as exigências, até surgir uma oportunidade de trabalho e estudo, que devem ser viabilizadas pelo governo.

“Se as pessoas estiverem de carteira assinada, a minha ideia é que elas ficassem um tempo no programa até ter uma renda e, depois, ser desligada, porque já tem a renda. Senão, a pessoa se acomoda. Eu não concordo e não acho que é isso que acontece, mas não é um programa para acomodar as pessoas. É para fazer uma transição para chegar ao mercado de trabalho”, complementou.

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