O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), declarou que a internação do presidente Lula não deve comprometer a ordem de liberar emendas parlamentares, condição exigida pelo Congresso para avançar com votações importantes. Uma portaria destinada a acelerar esses pagamentos deve ser publicada em breve. As informações são da coluna Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.

Como já mostrado pelo Portal M!, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi internado na noite desta segunda-feira (9) após ser diagnosticado com hemorragia intracraniana. Ele passou por uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde deve permanecer até o final desta semana.

Liberação de emendas e compromisso

José Guimarães afirmou que Lula estava bem durante reunião com ele e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), realizada na tarde de ontem. Segundo o líder, o presidente reforçou seu compromisso com a liberação das emendas.

“Não atrapalha, vamos encaminhar, seguimos a agenda normalmente. As diretrizes foram dadas, e vamos lutar pelo acordo”, declarou Guimarães.

O Planalto tem como objetivo aprovar, até 20 de dezembro, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA), o pacote de corte de gastos e a regulamentação da reforma tributária. No entanto, o clima no Congresso não é favorável. Parlamentares criticam as regras impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que, desde agosto, bloqueiam a liberação de emendas parlamentares por decisão do ministro Flávio Dino.

Diagnóstico e cirurgia de Lula

Lula começou a sentir dores de cabeça na noite de segunda-feira e realizou exames de imagem no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília. A ressonância magnética identificou a hemorragia intracraniana, associada à queda sofrida em outubro. Ele foi transferido para São Paulo, onde passou por uma cirurgia e apresenta evolução positiva no quadro de saúde.

Presidente bateu a cabeça em acidente anterior

O quadro atual é consequência de um acidente ocorrido em 19 de outubro, quando Lula caiu no banheiro do Palácio da Alvorada enquanto cortava as unhas. O presidente bateu a cabeça, resultando em traumatismo craniano e um pequeno sangramento no cérebro.